terça-feira, 13 de agosto de 2013

PROPINODUTO TUCANO EM SÃO PAULO: MÍDIA, JUSTIÇA E MINISTÉRIO PÚBLICO EM XEQUE



Não se pode negar que as  denúncias de cartel e favorecimento patrocinados por governos do PSDB em licitações do Metrô e da CPTM evidenciam, de forma clara, o tratamento  diferente que é dado quando irregularidades são praticadas pela oposição ao governo federal.

O caso mostra a diferença de conduta não só da imprensa, mas também do Judiciário e do Ministério Público, que atuam de maneira "seletiva". No caso da mídia, cai por terra o mito da imparcialidade, tão apregoado , de forma canhestra, pelos prepostos dos barões dos conglomerados de comunicação.

A Folha de S. Paulo, na cobertura inicial, tratou o caso como se fosse de um governo dos confins da Ásia, com abordagem anódina e destituída de vínculo com o Estado de São Paulo. Sem falar que o assunto era de conhecimento público desde 2008, com sucessivas denúncias feitas pelo PT e com repercussão restrita, praticamente, aos blogs e sites de esquerda.

Blindagem dos tucanos, em outras palavras. Que só será superada com mobilização dos movimentos sociais, para pavimentar o caminho para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa/SP para investigar as suspeitas de corrupção no Estado.

O PT quer a investigação da responsabilidade ou omissão de agentes públicos e políticos do PSDB relacionados às denúncias de formação de cartel entre empresas para obras e manutenção de equipamentos do Metrô e da CPTM.

O cartel seria formado pelas empresas Alstom, Bombardier, CAF, Siemens, TTrans e Mitsui, envolvendo superfaturamento nos preços, pagamento de propinas e fraudes em licitações e contratos desde 1997, período de hegemonia do PSDB no Palácio dos Bandeirantes.

A instalação da CPI tem duas barreiras difíceis de serem transportadas. A regimental, que depende do Colégio de Líderes para ser superada, e a política. Com 26 assinaturas já coletadas, o PT teria de conseguir o apoio de mais seis deputados entre os 68 que o governador Geraldo Alckmin tem a seu favor.

A aposta é que as assinaturas que faltariam para viabilizar a CPI sejam de deputados que se sintam constrangidos em não apoiar uma iniciativa cuja demanda tem a ver com as recentes manifestações de rua por transparência e contra a corrupção, um risco alto em ano pré-eleitoral.



Material elaborado a partir de informações obtidas em sites oficiais, noticiários e na blogosfera 

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