tag:blogger.com,1999:blog-91120296015136109282024-03-12T23:38:55.276-03:00PT na CâmaraLiderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados – Brasília, DFUnknownnoreply@blogger.comBlogger253125tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-20338198238993545902015-10-27T17:46:00.002-02:002015-10-27T17:52:15.180-02:00Lula, o presidente que transformou “Vidas Secas” numa obra de ficção<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: -21.35pt; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-AS2CFO4Uvlw/Vi_VnrVcSuI/AAAAAAAAAz0/mboSXIsjFd8/s1600/Paulo%2BTeixeira.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="http://4.bp.blogspot.com/-AS2CFO4Uvlw/Vi_VnrVcSuI/AAAAAAAAAz0/mboSXIsjFd8/s320/Paulo%2BTeixeira.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background: white; margin: 0cm -21.35pt 13.5pt 0cm; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 18px;">Lula transformou “Vidas </span><span style="line-height: 18px;">Secas” numa obra de ficção</span></span></b></div>
<div style="background: white; margin: 0cm -21.35pt 13.5pt 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="line-height: 18px;">Por Paulo Teixeira (*) </span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm -21.35pt 13.5pt 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="line-height: 18px;">''Hoje é aniversário do Lula. Graciliano Ramos, se fosse vivo, também faria aniversário. O primeiro completa 70 anos. O segundo completaria 123. </span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm -21.35pt 13.5pt 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="line-height: 18px;">Dois brasileiros, dois nordestinos, dois cabras que deixaram suas marcas na luta pela justiça social e pelos quais tenho enorme respeito e grande admiração.</span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm -21.35pt 13.5pt 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="line-height: 18px;">Graciliano Ramos, alagoano, foi um dos escritores mais brilhantes do Brasil. Um escritor engajado, sensível, que em diversas obras voltou sua atenção para os temas sociais, a desigualdade, a injustiça, sobretudo para os flagelos da seca e da fome, personagens principais de seu livro mais famoso, "Vidas Secas".</span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm -21.35pt 13.5pt 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="line-height: 18px;">Luiz Inácio, pernambucano, fugiu da seca e da fome e migrou para o Sudeste como um personagem de "Vidas Secas". Conseguiu se formar torneiro mecânico, entrou para o sindicato e, após uma vida dedicada a lutar pelos direitos dos trabalhadores, foi eleito presidente da República em 2002, transformado na maior liderança popular do século XX.</span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm -21.35pt 13.5pt 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="line-height: 18px;">Graciliano e Lula foram presos pela repressão dos períodos ditatoriais, o primeiro no Estado Novo e o segundo na Ditadura pós-1964. Ambos saíram do cárcere ainda mais fortes, renovados, inspirados.</span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm -21.35pt 13.5pt 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="line-height: 18px;">Os caminhos dos dois se cruzaram na primeira década do século XXI, da forma mais fascinante possível. Lula, quando presidente, transformou "Vidas Secas" numa obra de ficção. A narrativa documental daquelas páginas, redigidas por Graciliano Ramos há mais de 70 anos, deixou de ser a fotografia do país para virar romance, episódio literário. A miséria de que trata o livro, a fome que ceifava vidas e obrigava centenas de milhares de nordestinos a migrar para o Sudeste todos os anos, espremidos em paus de arara com um punhado de rapadura no bornal, sem nenhuma garantia de pouso ou trabalho, tudo isso virou ficção desde que Lula chegou ao Palácio do Planalto. Foi graças ao Fome Zero e ao Bolsa Família, um programa copiado em dezenas de outros países que garante uma renda mínima e uma rede de direitos fundamentais, foi graças à mais ousada política de transferência de renda já implantada neste país, que o desemprego baixou para apenas um dígito e o Brasil foi retirado do mapa da fome da ONU.</span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm -21.35pt 13.5pt 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="line-height: 18px;">Melhor assim. Bem melhor. </span><span style="line-height: 18px;">"Vidas Secas" só é bonito na ficção.</span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm -21.35pt 13.5pt 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="line-height: 18px;">27 de outubro, um dia de tirar o chapéu. </span><i style="line-height: 18px;">#Lula70</i></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin: 0cm -21.35pt 13.5pt 0cm; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(*) </span><span style="font-family: Verdana, Geneva, sans-serif;">Deputado pelo PT-SP e vice-líder do Governo na Câmara dos Deputados</span></i></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -21.35pt;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-29616980466135124632015-10-27T17:30:00.004-02:002015-10-27T17:30:51.290-02:00Telejornais da Rede Globo sobre a Zelotes têm edição criminosa, denuncia Pimenta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-xT2-n_19b84/Vi_QFDPBHsI/AAAAAAAAAzU/lx3ufzqVgqg/s1600/pimenta.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-xT2-n_19b84/Vi_QFDPBHsI/AAAAAAAAAzU/lx3ufzqVgqg/s1600/pimenta.jpg" /></a></div>
<div style="background-color: #f9f9f9; border: 0px; font-stretch: inherit; margin-bottom: 33px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) denunciou hoje (27) a manipulação da imprensa brasileira na cobertura da Operação Zelotes, deflagrada pelo Ministério Público Federal e a Polícia Federal. De acordo com Pimenta, que é relator da subcomissão na Câmara dos Deputados que apura o escândalo de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais da Receita Federal (Carf), a Rede Globo “mentiu descaradamente” ao informar que a Zelotes seja uma operação para investigar compra e venda de Medidas Provisórias para o setor automobilístico.</span></span><br />
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">“A edição dos telejornais da Rede Globo foi criminosa”, protestou Pimenta. “Estão forçando a barra para dizer que houve pagamento a uma empresa do filho do Lula, mas se esquecem de um detalhe importante: a MP 471 foi editada em 2009, e empresa do filho do Lula só foi criada em 2011. E não dá para vincular a MP a contrato que só iria ocorrer em 2014 e um pagamento realizado em 2015, seis anos depois. Não faz sentido relacionar o contrato do filho do Lula com a MP”, afirmou Pimenta.</span></span><br />
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">O parlamentar explicou que a Operação Zelotes foi deflagrada em março de 2015 para apurar um esquema criminoso de sonegação fiscal que provocou prejuízo aos cofres públicos da ordem de R$ 21 bilhões, um dos mais escandalosos casos de corrupção da história do País. O esquema para reduzir valor de multas envolve conselheiros do Carf e grandes empresas, a maior parte delas anunciantes da mídia brasileira. E entre as empresas há uma do setor de comunicação, a RBS, afiliada da própria Rede Globo e que é acusada de praticar corrupção.</span></span><br />
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">Pimenta lembrou que a Zelotes, desde que foi deflagrada, sempre foi escondida pelos jornais brasileiros, já que é um escândalo que envolve, justamente, o poder econômico que a mídia atua para proteger. Agora, “criaram essa história sem pé nem cabeça para atingir o ex-presidente Lula na véspera do seu aniversário”, observou o deputado. Ontem (26), a Polícia Federal realizou busca e apreensão no escritório da empresa LFT Marketing Esportivo, de propriedade de Luis Cláudio Lula da Silva, filho de Lula.</span></span><br />
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">O deputado Pimenta desmontou o factoide midiático expondo as fragilidades da cobertura da imprensa. “Se alguém comprou, como dizem os jornais, é por que alguém vendeu? Mas quem? Isso não está no jornal, não está no inquérito, não está no despacho da juíza, não está na CPI, não está em lugar nenhum”, lembrou Pimenta.</span></span><br />
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">“Medida Provisória não nasce da cabeça do presidente. Aliás, nenhuma política pública nasce sem um bom debate, sem muitas discussões. Governadores, deputados, empresários, sindicalistas. Todos os interessados conversam nos ministérios, na Casa Civil, na Fazenda. E muitas vezes contratam escritórios para defender seus interesses. É assim em qualquer governo democrático. E depois tem o Congresso, que pode modificar e acrescentar”, esclareceu Pimenta.</span></span><br />
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">A MP 471 prorrogou incentivos fiscais para a indústria automotiva no Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Na época, a medida era uma reivindicação forte dos estados, para gerar empregos, arrecadação e fortalecer o desenvolvimento regional. E não era nenhuma invenção: a MP apenas prorrogava o prazo de vigência de uma Lei de 1999, do governo do PSDB.</span></span><br />
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">A MP 471 teve como relatores parlamentares da oposição na Câmara e no Senado e foi aprovada com voto unânime, por acordo de líderes do governo e da oposição, sem nenhuma emenda ou alteração. “Então compararam o Congresso inteiro? Governo e oposição?”, questionou Pimenta. “Esse episódio combina ignorância sobre como funciona uma democracia com a má-fé da imprensa que promove uma desleal, autoritária e vergonhosa perseguição política ao ex-presidente Lula”, disse o deputado petista.</span></span><br />
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Roboto, arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">Pimenta destacou ainda que “estranhamente” e de forma “privilegiada” a imprensa teve acesso aos documentos da 4ª fase da Operação Zelotes, enquanto aos advogados de defesa de Luís Cláudio Lula da Silva o acesso aos autos foi negado.</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-47880272627668719252015-08-25T11:15:00.003-03:002015-08-25T11:22:57.392-03:00Um retrato da economia brasileira nos últimos 20 anos;dados mostram avanços com o PT<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; margin-bottom: 1.2em; margin-top: 1.2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #595959; font-family: open_sansregular, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 19.2000007629395px;">É fácil dizer que o Brasil mudou muito em duas décadas. Qualquer brasileiro com idade suficiente é capaz de afirmar que a dívida externa e a inflação deixaram de ser os grandes fantasmas de antes, o desemprego reduziu, contingentes saíram da pobreza rumo à classe média e o acesso ao crédito e ao consumo foi ampliado. Um pouco mais difícil é mostrar essa trajetória em números, de fontes oficiais e privadas, reunidos em uma mesma publicação.E os dados são claros- com os governos do PT, a partir de 2003, primeiro com Lula, depois com Dilma, o Brasil avançou, transformou-se positivamente. </span></span></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #595959; font-family: open_sansregular, Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2em; margin-bottom: 1.2em; margin-top: 1.2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Pois é esta a proposta de “<a href="http://www.altosestudosbrasilxxi.org.br/index.php?option=com_jdownloads&Itemid=133&view=viewcategory&catid=7" style="background: transparent; border: 0px; color: #ff9900; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Vinte Anos de Economia Brasileira – 1995/2014</a>”, uma publicação do Centro de Altos Estudos Brasil Século XXI lançada em julho de 2014 e reeditada em março.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; margin-bottom: 1.2em; margin-top: 1.2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #595959; font-family: open_sansregular, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 19.2000007629395px;">São mais de 140 gráficos e tabelas com dados sobre o setor externo, atividade econômica, crédito e financiamento, inflação e preços, contas públicas, emprego e distribuição de renda e ainda um apêndice com indicadores selecionados com médias quadrienais que expressam tendências dominantes em cada período e os reflexos das políticas macroeconômicas adotadas.</span></span></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; margin-bottom: 1.2em; margin-top: 1.2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #595959; font-family: open_sansregular, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 19.2000007629395px;">Pontos e curvas nos mostram, por exemplo, que os investimentos diretos no país saltaram de US$ 4,4 bilhões em 1995 para US$ 62,5 bilhões em 2014 (primeiro gráfico), que a dívida externa bruta em relação ao PIB foi de 20,7% em 95, teve um pico de 41,8% em 2002 para chegar em 2014 com 15,9%; e as nossas reservas internacionais líquidas passaram de US$ 51,8 bilhões em 95 para US$ 374,1 bilhões em 2014. O gráfico abaixo mostra bem como o país avançou - se antes dependia até do FMI para fechar suas contas, hoje tem reservas de mais de US$ 370 bilhões. O Brasil , de devedor, hoje é o quarto maior credor dos EUA. O estudo pode ser lido com um clique</span></span><span style="color: #595959; font-family: open_sansregular, Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2em;"> </span><b style="color: #595959; font-family: open_sansregular, Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2em;"><i><span style="color: red;"><a href="http://brasildebate.com.br/um-retrato-da-economia-brasileira-nos-ultimos-20-anos/">aqui</a></span></i></b><span style="color: #595959; font-family: open_sansregular, Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2em;">. </span></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; margin-bottom: 1.2em; margin-top: 1.2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-cgdEPiFArP0/Vdx5wk1CQmI/AAAAAAAAAzA/tS-p6kOhGs8/s1600/Reservas%2Binternacionais-liquidas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="http://4.bp.blogspot.com/-cgdEPiFArP0/Vdx5wk1CQmI/AAAAAAAAAzA/tS-p6kOhGs8/s400/Reservas%2Binternacionais-liquidas.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-62629846911327959812015-08-11T16:15:00.000-03:002015-08-11T16:22:29.942-03:00A quem interessa a campanha contra o BNDES...concorrentes estrangeiros agradecem<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-fsTrNCvrYJ4/VcpK4EWO9AI/AAAAAAAAAyw/kmzMngueT8Y/s1600/BNDES.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://4.bp.blogspot.com/-fsTrNCvrYJ4/VcpK4EWO9AI/AAAAAAAAAyw/kmzMngueT8Y/s320/BNDES.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white;">'Quando a Embraer começou a incomodar a Bombardier com sua concorrência, o Canadá logo tratou de questionar o financiamento de suas exportações na OMC; Não bastasse, acabou levantando suspeitas de que o gado “verde” brasileiro poderia estar contaminado com o mal da vaca louca. Agora, setores do Congresso perseguem o BNDES, presidido por Luciano Coutinho, com argumentos tão toscos e desonestos quanto o usado pelo governo canadense; Uma coisa, porém, é certa: a Bombardier agradece'- o alerta é do sociólogo e especialista em Relações Internacionais Marcelo Zero.</span></span></div>
<span style="color: #2f2f2f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white;">Segue o artigo:</span></span><br />
<br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 16.8999996185303px;"> </span><span style="line-height: 16.8999996185303px;">"A desonestidade intelectual que cerca o debate sobre a atuação desse grande banco público de investimentos é assustadora. A bem da verdade, ou é desonestidade intelectual assustadora ou é ignorância abissal.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Em 1996, a EMBRAER participou de sua primeira grande concorrência internacional.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Tratava-se do fornecimento de 150 aeronaves para as empresas americanas de aviação regional ASA e Comer. A Embraer entrou na concorrência com o seu ERJ-145, um jato regional moderno e eficiente. Era o melhor avião e ainda tinha a grande vantagem de ser o mais barato.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Contudo, a EMBRAER perdeu. Perdeu para a Bombardier, que oferecia melhores condições de financiamento para os compradores, pois contava com forte apoio governamental para a comercialização de suas exportações.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Pouco tempo depois, a gigante American Airlines lançou concorrência de US$ 1 bilhão para a compra de jatos regionais. Era a grande oportunidade que a Embraer tinha de pagar o custoso desenvolvimento do ERJ-145 e de se lançar no promissor mercado internacional de aviação regional, que crescia exponencialmente.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Mas a Embraer sabia que não tinha a menor condição de ganhar a concorrência, mesmo tendo o melhor avião, se não contasse com condições de financiamento semelhantes às que dispunham as suas concorrentes.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Resolveu, então, bater na porta do BNDES. A Embraer tinha de oferecer um financiamento à American Airlines que contemplasse não apenas taxas de juros baixas e amortização de longo prazo, mas também a garantia da devolução das aeronaves, caso houvesse algum problema com os equipamentos.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Para o BNDES, era uma aposta de risco considerável. A Embraer era novata nesse mercado e, caso ocorresse algum problema com as suas aeronaves, o banco ficaria em maus lençóis. Nenhum banco privado, nacional ou internacional, queria assumir esse risco.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">O BNDES, entretanto, resolveu confiar na Embraer e ofereceu o financiamento com todas as garantias exigidas pela American Airlines.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Resultado: a Embraer ganhou a concorrência e, com isso, iniciou uma carreira vitoriosa no mercado internacional de aviação regional e executiva.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Hoje, a Embraer oscila entre a terceira e a quarta maior empresa mundial do setor. Apenas em 2013, entregou 90 aeronaves comerciais e 119 de aviação executiva, obtendo uma receita líquida de R$ 13,64 bilhões. É, de longe, a empresa brasileira que mais exporta produtos de alto valor agregado, gerando altos rendimentos e empregos muito qualificados no Brasil.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Assim, a Embraer e o Brasil aprenderam a lição. Não se faz exportações volumosas de bens e serviços, no concorridíssimo mercado internacional, sem apoio financeiro governamental e bancos públicos de investimento.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">A Embraer da qual tanto nos orgulhamos simplesmente não existiria, caso não tivesse contado com o apoio do BNDES.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Ironicamente, o orgulho justificado que dedicamos à Embraer não se estende ao banco público que financiou o seu sucesso e o de tantas outras empresas brasileiras.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Ao contrário, há, atualmente, uma grande campanha contra esse estratégico banco público de investimentos.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Uma campanha bem sórdida, por sinal. A desonestidade intelectual que cerca o debate sobre a atuação desse grande banco público de investimentos é assustadora. A bem da verdade, ou é desonestidade intelectual assustadora ou é ignorância abissal.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Com efeito, divulgou-se uma série de mentiras deslavadas sobre esse banco.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Disseram, por exemplo, que o BNDES investe muito em obras na Venezuela, Cuba, Angola etc., em detrimento dos investimentos imprescindíveis para o Brasil.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Ora, como bem assinalou o presidente Luciano Coutinho, entre 2007 e 2014, as operações de apoio à exportação de serviços do BNDES corresponderam a apenas cerca de 2% do total dos financiamentos que foram oferecidos pelo banco.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Portanto, o BNDES investe ao redor de 98% de seus recursos no Brasil.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Mesmo assim, há gente que, iludida pelas mentiras divulgadas, quer simplesmente proibir o BNDES de dar apoio financeiro à exportação de serviços. A natureza obviamente beócia da proposta deveria saltar aos olhos até do reino mineral, caso lá houvesse olhos, mas há gente que a leva a sério, mesmo no Congresso Nacional.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Da mesma forma, alegou-se que as taxas usadas pelo BNDES para a exportação de serviços constituíam "subsídios indevidos" às empreiteiras. Argumento muito parecido ao usado pelo governo canadense, quando nos acionou na OMC quanto às exportações da Embraer. Ora, o uso das taxas Libor nessas operações foi estabelecido em 1996, pois, para ser competitivo no mercado mundial, é necessário praticar financiamentos com base em taxas internacionais.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Insinuaram também que o sigilo envolvido nas operações financeiras de exportação de serviços destinava-se a ocultar ilícitos e favorecimentos ideológicos a governos "comunistas" e "bolivarianos", lançando uma suspeita indigna sobre o BNDES, banco que opera com critérios técnicos rigorosos e no qual a análise da concessão de um grande empréstimo demora, em média, 450 dias.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Ora, o BNDES não pode divulgar os detalhes dessas operações financeiras não porque não queira, mas simplesmente porque não pode. Ele é proibido por lei de fazê-lo.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">A Lei Complementar nº 105, de 2001, ratificada no segundo governo tucano, protege o sigilo do tomador de empréstimo, independentemente do banco ser público ou privado. Não interessa se o empréstimo foi obtido junto ao Itaú, ao Bradesco, ao Banco do Brasil ou ao BNDES: a proteção jurídica é a mesma.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Há quem argumente, entretanto, que, no caso de banco público, não deveria haver nenhum sigilo. Bom, nesse caso, a lei tucana teria de ser modificada.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">O problema maior, porém, não é esse. Leis podem ser modificadas. A dura realidade do concorrido mercado internacional de bens e serviços não pode.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Imaginemos o cenário idealizado pelos que propugnam pela total transparência dessas operações financeiras. Caso a Embraer precisasse do apoio do BNDES para fazer uma grande exportação de aeronaves, esse banco estaria obrigado a divulgar ao público informações sensíveis e estratégicas da empresa, como nível de endividamento, capacidade de pagamento, nível de exposição ao risco, probabilidade de êxito na concorrência, competitividade do bem a ser exportado, estratégia de atuação da empresa no mercado mundial, etc.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Bonito, não? Bonito, e por certo, muito inteligente também. A Bombardier e outras empresas concorrentes das empresas brasileiras lá fora concordam inteiramente.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">É por isso que nenhum banco que financia exportações no mundo divulga detalhes sensíveis dessas operações. Os americanos não o fazem, os alemães e os chineses, tampouco. Ninguém faz. É fácil imaginar a razão. Menos no Brasil.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Na realidade, conforme a "Open Society Foundations", principal ONG mundial dedicada à transparência, o BNDES já é o banco de investimentos mais transparente do mundo. E essa transparência não adveio de pressões recentes. Ela já fazia parte da linha de atuação do banco há bastante tempo. Conforme o testemunho da "Open Society", que participou de muitas reuniões com o BNDES, o programa de crescente transparência do banco avançou por iniciativa da própria gestão do BNDES.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Há muito que o BNDES disponibilizava informações sobre essas linhas de crédito que praticamente nenhum banco semelhante do mundo fornecia. Junto com o "Eximbank" dos EUA, o BNDES era o único banco que, há anos, oferecia ao público informações como relatórios detalhados anuais, portal de transparência com possibilidade requisição de informações e estatísticas detalhadas online.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">O novo portal apenas ampliou a transparência já existente.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Tudo isso deveria ser motivo de orgulho em qualquer país do mundo. Menos no Brasil.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Aqui continuam as acusações parvas contra o banco e as iniciativas para submeter o BNDES a uma CPI. Sempre com argumentos desonestos e mal informados.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Quando a Embraer começou a incomodar a Bombardier com sua concorrência, o governo canadense logo tratou de questionar o financiamento de suas exportações na OMC. Não bastasse, acabou levantando suspeitas de que o gado "verde" brasileiro poderia estar contaminado com o mal da vaca louca. Um golpe desonesto, que, por iniciativa do então deputado Aloizio Mercadante, provocou a pronta resposta do Congresso Nacional, o qual sustou a tramitação dos atos internacionais firmados com o Canadá. Assim, o Legislativo brasileiro defendeu o Brasil, a Embraer e, por tabela, o banco que financiou seu sucesso mundial.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Agora, setores desse mesmo Congresso perseguem o BNDES, com argumentos tão toscos e desonestos quanto o usado pelo governo canadense.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Não se sabe ao certo no que isso vai dar.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Uma coisa, porém, é certa: a Bombardier agradece.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 16.8999996185303px;">Haja vaca louca!"</span></span><br />
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16.8999996185303px;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16.8999996185303px;"><b>FONTE: </b>escrito por MARCELO ZERO, sociólogo e especialista em relações internacionais, no portal "Brasil 247" , em junho de 2015 (</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16.8999996185303px;">http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/184662/A-quem-interessa-a-campanha-contra-o-BNDES.htm).</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-17873633675231965012015-08-10T12:37:00.000-03:002015-08-10T12:37:05.055-03:00Filiação ao PT cresce 50,3%...Apesar da manipulação da imprensa e o ódio da oposição<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-fJ8QjbcoCqk/VcjDveewpAI/AAAAAAAAAyg/n4tF2PUkCfE/s1600/imagem%2Bdo%2Bpt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="128" src="http://1.bp.blogspot.com/-fJ8QjbcoCqk/VcjDveewpAI/AAAAAAAAAyg/n4tF2PUkCfE/s320/imagem%2Bdo%2Bpt.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17.5636348724365px; margin-bottom: 6px;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17.5636348724365px; margin-bottom: 6px;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;"><i>Para desespero da imprensa e oposição, que não conhecem a força da estrela vermelha e já davam o PT como morto => </i></span><span style="background-color: transparent; color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">O número de filiados ao Partido dos Trabalhadores é ascendente. Saltou de 1.054.671 para 1.585.021 em todo o país, o equivalente a uma variação positiva de 50,3% entre 2005 e 2015.</span></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
Em Minas, estado que foi governado pelo campo político do senador Aécio Neves (PSDB) nos últimos 12 anos, o partido criado em 1980 cresceu 40,7%, pulando de 127.046 filiados, em 2005, para 178.781 em junho deste ano.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
Em Belo Horizonte, onde o PT historicamente tem boa penetração, o aumento foi de 44,6%, passando de 14.941 para 21.612 filiados.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
O secretário estadual de organização da legenda, Luiz Mamede, diz que o partido tem a tendência de crescer em tempos de crise. “Não tem uma explicação lógica, mas na época do Mensalão o partido cresceu. Temos uma militância muito aguerrida”, argumentou.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
Os dados oficiais foram levantados pelo<a href="http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/filiac-o-ao-pt-cresce-apesar-de-escandalos-1.338587" style="color: #940f04; text-decoration: none;"> jornal Hoje em Dia </a>no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).</div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
Em âmbito nacional, até aqui, o número de filiados do PT oscilou para baixo em apenas duas oportunidades. Mesmo assim, de maneira praticamente insignificante.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
De 2005 a 2006, o número de filiados foi de 1.054.671 para 1.047.851, uma queda de 0,65%.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
De 2014 a 2015, em meio às primeiras revelações da operação “Lava Jato”, o contingente de filiados caiu de 1.586.699 para 1.585.021, perfazendo uma redução de 0,1%.Mas o exército de petistas cresceu ano após ano.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<b>PSDB e PMDB</b> - <span style="font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px;">O número de</span></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px;">filiados tucanos também cresceu nacionalmente, em Minas e em Belo Horizonte. De acordo com os dados do TSE, houve um acréscimo de 24,4%, 12,9% e 24,7%, respectivamente.</span></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, serif; font-size: 14.3000001907349px; line-height: 22.8800010681152px; text-align: justify;">
Partido com grande capilaridade no país, o PMDB foi outro que registrou acréscimo de agregados nos últimos dez anos. O número de filiados subiu 15,3% no país, 14,4% em Minas e 10,6% em BH. O último candidato ao Palácio do Planalto lançado pela legenda foi Orestes Quércia. Em maio desse ano, o jornal O Estado de São Paulo, <a href="http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,apesar-da-crise-pt-tem-aumento-no-numero-de-filiados,1693271" style="color: #940f04; text-decoration: none;">também publicou que o PT cresceu</a> (fonte : <a href="http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/">Amigos do presidente Lula</a>) </div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17.5636348724365px;">
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-8977162266550799872014-04-03T18:11:00.000-03:002014-04-03T18:17:37.207-03:00Base do governo protocola CPMI que propõe investigar trensalão tucano em SP <div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-etCj_6Vm0hM/Uz3M2jlTjmI/AAAAAAAAAxo/huNu_IXTYyE/s1600/_USL4245.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-etCj_6Vm0hM/Uz3M2jlTjmI/AAAAAAAAAxo/huNu_IXTYyE/s1600/_USL4245.JPG" height="213" width="320" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os líderes do governo no Congresso, senador <b>José Pimentel (PT-CE)</b>, e na Câmara, deputado <b>Arlindo Chinaglia (PT-SP)</b>, juntamente com o líder do PT na Câmara, <b>Vicentinho (SP),</b> protocolaram hoje, na Secretaria Geral da Mesa do Senado, requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) para investigar, ao mesmo tempo, denúncias envolvendo corrupção em contratos dos metrôs de São Paulo, sob gestão do PSDB, e do Distrito Federal, à época dos governos Roriz e Arruda (PSDB/DEM), a construção do Porto de Suape em Pernambuco, sob gestão do PSB, contratos na área de tecnologia digital e também a questão da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, pela Petrobras. São 219 deputados e 32 senadores que apoiam a CPMI. O requerimento deve ser lido na sessão do Congresso, marcada para o dia 15 de abril. </span></div>
<br />
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Leia a íntegra do requerimento:</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">REQUERIMENTO N° ____, de 2014</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 9cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Requer a criação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada a investigar as denúncias de prática de corrupção, desvio de recursos públicos, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, remessa ilegal de valores ao exterior e formação de cartel em atos e contratos realizados por entidades da administração pública direta e indireta, relacionados à aquisição da Refinaria de Pasadena no Texas (EUA); aos contratos entre a Petrobras e a empresa holandesa “SMB Offshore”; ao lançamento de plataformas inacabadas; ao superfaturamento na construção de refinarias; às atividades da Petrobras e do Porto de Suape para viabilizar a construção e a operação da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco; aos contratos para aquisição, manutenção e operação de trens, metrôs e sistemas auxiliares, em SP e no DF, que envolvam as empresas referidas no acordo de leniência firmado pela Siemens; e aos convênios e contratos, firmados por órgãos e entidades estaduais e municiais, para aquisição de equipamentos e desenvolvimento de projetos na área de tecnologia da informação e utilizando recursos da União.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 9cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Senhor Presidente,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do §3º do art. 58 da Constituição Federal, c/c art. 21 do Regimento Comum do Congresso Nacional, a criação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, composta de 13 (treze) Senadores e 13 (treze) Deputados e igual número de suplentes, destinada a investigar, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a prática de corrupção, desvio de recursos públicos, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, remessa ilegal de valores ao exterior e formação de cartel em atos e contratos realizados por entidades da administração pública direta e indireta, relacionados:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">1.<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ao processo de aquisição da Refinaria de Pasadena no Texas (EUA); </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">2.<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Aos indícios de pagamento de propina a funcionários da Petrobras pela empresa holandesa “SMB Offshore” para obtenção de contratos;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Às denúncias de que as plataformas estariam sendo lançadas ao mar faltando uma série de componentes primordiais à segurança do equipamento e dos trabalhadores;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">4.<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ao superfaturamento na construção de refinarias;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">5.<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Às atividades da Petrobras e da empresa pública do Estado de Pernambuco Suape – Complexo Industrial Portuário para viabilizar a construção e a operação da Refinaria Abreu e Lima; </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">6.<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Aos contratos para aquisição, manutenção e operação de trens, metrôs e sistemas auxiliares, em SP e no DF, que envolvam as empresas referidas no acordo de leniência firmado entre a Siemens, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado de São Paulo; e </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">7.<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ao superfaturamento de convênios e contratos, firmados por órgãos e entidades estaduais e municiais, para aquisição de equipamentos e desenvolvimento de projetos na área de tecnologia da informação e utilizando recursos da União.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">As despesas dos trabalhos da presente Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ficam orçadas em R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).<b></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">JUSTIFICATIVA</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">A imprensa nacional e internacional têm noticiado fartamente nos últimos meses inúmeras denúncias de prática de ilícitos que possuem algumas características comuns: (a) relação com atos e contratos realizados por entidades da administração pública direta e indireta e (b) o uso indevido de recursos públicos, notadamente federais, aplicados diretamente ou por meio de repasses a governos estaduais e municipais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Em primeiro lugar, há denúncias acerca do valor pago pela Petrobras para a aquisição da Refinaria de Pasadena no Texas (EUA). De acordo com essas denúncias, a Petrobras teria desembolsado US$ 1,180 bilhão por uma refinaria que anos antes custara US$ 42,5 milhões à empresa belga Astra. A presente CPMI deverá esclarecer as condições e razões do negócio, visando apurar a eventual prática de ilícitos e identificar os responsáveis. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Não bastasse o fato descrito anteriormente, a imprensa também noticiou que em 2012 a empresa holandesa “SBM Offshore”, a maior fabricante de plataformas marítimas de exploração de petróleo do mundo, iniciou uma investigação interna para apurar denúncias de que funcionários de suas subsidiárias corrompiam autoridades para conseguir contratos com Governos e empresas privadas, entre 2007 e 2011. Segundo as notícias, os documentos mostram que houve pagamento de propina em Guiné Equatorial, Angola, Malásia, Itália, Cazaquistão, Iraque e no Brasil, onde funcionários e intermediários da Petrobras teriam recebido pelo menos US$ 30 milhões para favorecer a companhia holandesa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Há ainda denúncias realizadas pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense – SINDIPETRO-NF, de que a Petrobras estaria tirando dos estaleiros plataformas inacabadas, notadamente no caso da plataforma P-62, entregue pelo estaleiro Atlântico Sul – EAS, localizado no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. O SINDIPETRO-NF afirma que a unidade saiu com uma série de equipamentos sem funcionar, como o sistema principal de geração de energia. A plataforma estava com geração secundária com gerador auxiliar, o que teria facilitado um incêndio ocorrido no início de janeiro último. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Além disso, faz-se necessário que se investigue os fortes indícios de superfaturamento na construção de refinarias. O exemplo mais emblemático da possibilidade de existência dessas irregularidades é a Refinaria Abreu e Lima, localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. De acordo com auditoria do TCU, há possíveis irregularidades na elaboração do projeto e na execução de obras de terraplanagem, serviços complementares de drenagem, arruamento e pavimentação na Refinaria. Paralelamente à apuração do TCU, a Controladoria Geral da União - CGU vem apontando a ocorrência de possíveis irregularidades na execução dos contratos de dragagem realizados pelo Porto de Suape, onde está localizada a Refinaria Abreu e Lima, o que indicaria a má gestão de verbas federais repassadas ao Governo do Estado de Pernambuco. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pelos cálculos atuais do TCU, quando iniciar a operação, o que deverá ocorrer possivelmente em 2015, a Refinaria terá custado cerca de R$ 35,8 bilhões. Nesse sentido, mostra-se indispensável que a presente CPMI investigue as atividades destinadas a viabilizar a construção e a operação da Refinaria Abreu e Lima, de responsabilidade tanto da Petrobras quanto da empresa pública pernambucana Suape – Complexo Industrial Portuário. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Por fim, propõe-se que sejam investigad</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">as as suspeitas de graves ilícitos envolvendo os contratos de aquisição, manutenção e operação de trens, metrôs e sistemas auxiliares, reveladas por investigações conduzidas pela Justiça de outros países - tais como EUA, Suíça e França, que envolvem diversas empresas e que foram objeto de acordo de leniência firmado entre a Siemens e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado de São Paulo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Conforme assumido pela empresa leniente, teria havido a formação de cartel para fraudar licitações públicas relativas a contratos de aquisição, manutenção e operação de trens, metrôs e sistemas auxiliares nos Estados de São Paulo e no Distrito Federal. Apenas para se ter a dimensão dos ilícitos que podem ter sido cometidos, a imprensa vem noticiando que, somente no Estado de São Paulo, os quatro primeiros contratos investigados alcançam valores de aproximadamente R$ 1,8 bilhões e que, segundo avaliação preliminar do Ministério Público do Estado de São Paulo, teriam sido superfaturados em até 30%, causando prejuízo de cerca R$ 834 milhões aos cofres do Governo do Estado de São Paulo. Daí ser imprescindível que a CPMI também apure as referidas denúncias. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-71032339900992694892014-01-22T09:23:00.000-02:002014-01-22T09:23:03.707-02:00Bancada do PT rechaça ataques tucanos e manifesta apoio a Mercadante<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-EHXvzE1TXjA/Ut-pLEMIXnI/AAAAAAAAAxQ/5Qp-Th4okMo/s1600/Guimar%C3%A3es.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-EHXvzE1TXjA/Ut-pLEMIXnI/AAAAAAAAAxQ/5Qp-Th4okMo/s1600/Guimar%C3%A3es.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #2f2f2f;">Em nota assinada pelo líder do PT na Câmara,</span><span style="color: red;"><span style="background-color: white;"> José Guimarães (CE),</span></span><span style="background-color: white; color: #2f2f2f;"> partido rechaça ataques do PSDB ao ministro ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que sucederá Gleisi Hoffmann, na Casa Civil. Na nota, o partido diz que, na falta de projeto para o País, tucanos apelam para palavreado tosco e destituído de fundamentação: “O PSDB padece do mal de olhar o país pelo retrovisor, por uma ótica do privatismo neoliberal, onde o interesse público foi colocado de lado, inclusive na área da educação, com a proliferação de escolas privadas, fim das escolas técnicas e enfraquecimento do ensino público do primário às universidades”. Leia a integra. </span></span></div>
<span style="background-color: white; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 21px;"><br /></span>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">"Nota da Bancada do PT de apoio ao ministro Aloizio Mercadante</strong></em><br /><br /><em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara rechaça os ataques feitos pelo PSDB, por intermédio da Fundação Teotônio Vilela, ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que sucederá Gleisi Hoffmann, na Casa Civil. Os tucanos, na falta de projeto para o País e desorientados diante dos sucessivos êxitos dos governos do Partido dos Trabalhadores desde 2003, apelam para palavreado tosco e destituído de fundamentação.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Como órgão de estudos e formação política ligado ao PSDB, o Instituto Teotônio Vilela (ITV) vai muito mal. Também pudera, seu presidente foi colocado no rol dos suspeitos de falcatruas pela CPI dos Anões do Orçamento e seu diretor financeiro responde na Justiça por ter inventado o esquema do mensalão!</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O ministro Mercadante tem uma longa trajetória na vida pública. Formado em economia pela Universidade de São Paulo (USP), é mestre e doutor em economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), participou da elaboração dos programas de governo do Partido dos Trabalhadores e foi coordenador nas eleições presidenciais de 1989 e 2002. Foi deputado, senador, ministro da Ciência e Tecnologia e tem todos os atributos para o cargo que vai ocupar. No atual governo, destacou-se por ter sido um dos formuladores do Programa Mais Médicos, ao lado do ministro Alexandre Padilha, da Saúde, e manteve e aprofundou os programas herdados da gestão de Fernando Haddad na pasta da Educação.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A postura do PSDB é carregada de desprezo à inteligência dos brasileiros, ao tentar ignorar os avanços que o País vem obtendo desde 2003, com o PT. O PSDB padece do mal de olhar o país pelo retrovisor, por uma ótica do privatismo neoliberal, onde o interesse público foi colocado de lado, inclusive na área da educação, com a proliferação de escolas privadas, fim das escolas técnicas e enfraquecimento do ensino público do primário às universidades.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Os tucanos precisam aprender a ler os números para entender que o Brasil de hoje é o do desenvolvimento sustentável com justiça social, geração de empregos e renda. O Brasil passou do 12º lugar no ranking da economia mundial, à época do governo FHC, para 6º lugar com o PT, com a ascensão de 40 milhões de pessoas à classe média. Com os governos do PT, instituiu-se o maior programa de distribuição de renda do planeta, o Bolsa Família. Se quiserem, o professor Mercadante pode ajudá-los a compreender este novo Brasil!</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Particularmente, na área de educação, ampliou-se e democratizou-se o acesso a ela em todos os níveis. A educação deixou de ser orientada de acordo com a conveniência administrativa ou fiscal e passou a ser vista como uma unidade, da creche à pós-graduação. A educação tratada como prioridade ficou evidenciada, por exemplo, no orçamento do MEC, que passou de R$ 33,1 bilhões em 2002 para R$ 86,2 bilhões em 2012. Graças ao Programa Universidade para Todos (Prouni), mais de um milhão de bolsas integrais e parciais já foram oferecidas a estudantes de baixa renda. Além disso, o Reuni ampliou para mais de 240 mil as vagas em universidades federais, o que representa mais do que o dobro das vagas existentes há 10 anos. Em 2012, outros 370 mil estudantes se beneficiaram do Fies, Programa de Financiamento Estudantil, que em 2003 tinha apenas 50 mil contratos fechados. Lula criou 214 novas escolas federais, número maior do que o de todas as escolas já criadas na história do Brasil.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Dilma prevê a criação de outras 208 até o fim deste ano.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O ministro Mercadante faz parte do projeto vitorioso do PT e aliados e tem todo o apoio da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara para desempenhar as novas tarefas para as quais será designado, e, principalmente, dar continuidade à gestão exitosa da Ministra Gleisi Hoffmann à frente da Casa Civil da Presidência da República.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Brasília, 21 de janeiro de 2014.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #2f2f2f; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin-bottom: 18px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">José Guimarães – PT-CE</em><br /><em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Líder da Bancada na Câmara"</em></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-33561468063496268532013-09-21T09:52:00.001-03:002013-09-21T09:52:58.042-03:00Sinal dos Tempos<a href="http://4.bp.blogspot.com/-iAdED87SYUc/Uj2WKFjQ_II/AAAAAAAAAwg/n1O5PudSf7o/s1600/bandeirabrasil.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-iAdED87SYUc/Uj2WKFjQ_II/AAAAAAAAAwg/n1O5PudSf7o/s1600/bandeirabrasil.jpg" /></a><br />
<i><br /></i>
<i>"Em uma irônica troca de sinais nas relações de força, eram os Estados Unidos quem vinham tentando convencer o Brasil a manter a visita. Obama telefonou na segunda-feira à noite para a presidente Dilma Rousseff para tentar convencê-la a mudar de opinião, sem sucesso."</i><br />
BBC-Brasil<br />
<br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Marcelo Zero</span></b><br />
<br />
A decisão da presidenta Dilma de adiar a visita de Estado aos EUA foi inteiramente acertada. Com efeito, não se pode construir uma parceria estratégica, como o Brasil pretende construir com os EUA, sem um grau mínimo de respeito mútuo e confiança recíproca. Respeito e confiança que os EUA não demonstraram ter para com o Brasil, no grave e ainda mal-explicado caso da espionagem ilegal da própria presidenta e de empresas e cidadãos do país.<br />
<br />
Em outros tempos, não muito remotos, essa resposta firme e serena do Brasil talvez fosse impensável. Naqueles idos, quando se praticava uma política externa, assim digamos, menos altiva e mais genuflexa, não era aconselhável contrariar os desígnios insondáveis da única superpotência mundial. Ainda que se tivesse razão, como a tinha, sem dúvida, e em toneladas, o embaixador Bustani, sacrificado no altar das posturas rasteiras que caracterizam as espinhas vergadas dos apequenados.<br />
<br />
Não, definitivamente não. Naquele inglorioso passado recente, a visita teria sido mantida, jamais posta em dúvida, e as autoridades talvez já estivessem a salivar pensando em seu lugar à mesa da Casa Branca, demonstrando o indefectível reflexo condicionado adquirido em décadas de amestrada subserviência. O chanceler, em ansiosa visita precursora, talvez já estivesse a desfilar no aeroporto de Washington. Talvez descalço.<br />
<br />
Felizmente, os tempos, como soe acontecer com os tempos, mudaram. Mudou, sobretudo, o Brasil. Mesmo o mais rigoroso e cético observador das relações internacionais hoje reconhece que o Brasil mudou inteiramente de patamar, no cenário mundial. Contribuiu muito para essa ascensão do país aquele presidente monoglota, o qual, segundo diziam os néscios ilustrados, não podia governar o Brasil porque não falava o idioma do bardo de Stratford-upon-Avon.<br />
<br />
Bastou, ao que parece, o doce aroma da última flor do Lácio. Hoje, não somos superpotência que se excede no uso unilateral da força, mas já somos soft power que exerce considerável influência abusando do exemplo, da negociação e do respeito ao multilateralismo. De fato, o Brasil é atualmente um país cortejado e respeitado, que exerce um papel positivo e conciliador na ordem mundial com absoluta transparência. Para saber o que o Brasil quer, basta conversar. Microfones ocultos são desnecessários, bastam ouvidos atentos e algum cérebro. A coisa só muda de figura quando se trata da privacidade de autoridades, empresas e cidadãos. Nesses casos, é necessário recorrer, sob a ubíqua supervisão da NSA, à violação de direitos assegurados em nossa Constituição e em convenções internacionais.<br />
<br />
Há, entretanto, coisas que parecem que não mudam nunca. Uma delas é a política externa norte-americana. Obama, que muito prometera, nada mudou, de fato. Desde Bush até ele há uma monocórdia e trágica sequência de intervenções desastradas, insufladas por um amplo desconhecimento do mundo e pelo desprezo monumental por outros países, inclusive aqueles que são, ou poderiam ser, parceiros estratégicos. Essa insistência autista no erro parece extremamente sólida. Tão sólida que nem se desmancha com os novos ares do mundo, que não sopram mais numa só direção.<br />
<br />
Não obstante, a política do ataque preventivo está suscitando dúvidas, uma vez que tem se mostrado demasiadamente eficaz. Ela consegue prevenir até mesmo a paz e a estabilidade onde é bombasticamente aplicada. Com isso, a própria opinião pública norte-americana, a única que para eles conta, vem se mostrando mais cética, em relação a novas aventuras bélicas. Quem sabe o oxigênio Made In Usa consiga o que os novos ares do mundo não conseguiram.<br />
<br />
Outra coisa que parece infensa à mudança é a cabeça de alguns opositores nacionais, que não absorveram o cambio no patamar externo do Brasil. Com efeito, setores da oposição criticaram duramente a decisão da presidenta Dilma de adiar a viagem aos EUA. Parecem não ter entendido a dimensão da agressão sofrida por toda a nação brasileira com o episódio da espionagem. Parecem ter entendido menos ainda que o Brasil de hoje, ao contrário do Brasil de antanho, não pode reagir somente de forma retórica ante tal agressão, ganindo, em inglês fluente, como reles street dog. O Brasil de hoje exigiu solução efetiva para o grave problema. A solução não veio, o Brasil não vai.<br />
<br />
E não se trata de “marketing eleitoral”, uma vez que isso não tem nenhuma repercussão em eleições, a não ser na imaginação de políticos provincianos, mas sim de posição de estadista, pois essa questão tem, com certeza, consequências geopolíticas significativas.<br />
<br />
Certos opositores, além de terem muita dificuldade em entender as diferenças entre o Brasil de hoje e o Brasil de outrora, não conseguem distinguir entre questões de Estado e questões de governo. Assim, pretendendo atacar o governo, negam apoio ao Brasil num embate externo.<br />
Nos EUA, tal certamente não acontece. Ante qualquer conflito externo, republicanos e democratas costumam se unir em rígida formação bipartisan. Coisas de país acostumado a agir com desembaraço no plano externo. No Brasil, ao contrário, qualquer rusga externa serve de pretexto para que opositores e “especialistas” sem visão do mundo se omitam na defesa do país, com a finalidade de atacar o governo. Coisas de forças políticas com complexo de vira-lata.<br />
<br />
As confusões não terminam por aí. Alguns setores da oposição não conseguem também distinguir as principais ameaças ao interesse nacional. Assim, há aqueles que acham que a presidenta, num “gesto de submissão”, preferiu enfrentar um “presidente fraco” (Obama) a defender o país contra Evo Morales, o chefe daquela grande hiperpotência belicosa que ameaça seriamente o mundo com nacionalizações de algumas jazidas de gás e com um sistema judiciário que cisma em perseguir senadores corruptos.<br />
<br />
Mas isso já é coisa de gente que, cegada pelo desespero político e o ódio ideológico, perdeu a noção e a razão. Outro sinal dos tempos.<br />
<br />
<span style="color: #660000;"><b>Marcelo Zero, sociólogo, é assessor da bancada do PT no Senado Federal.</b></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-90920810394327437182013-09-14T21:16:00.003-03:002013-09-14T21:16:49.561-03:00Em nota, Bancada do PT na Câmara manifesta pesar pela morte de Luiz Gushiken<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-P7GOVqUiTY4/UjT8CJl8u1I/AAAAAAAAAwI/s5p5CscG1kM/s1600/Gushiken+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-P7GOVqUiTY4/UjT8CJl8u1I/AAAAAAAAAwI/s5p5CscG1kM/s1600/Gushiken+2.jpg" /></a></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333;">Abaixo, nota de pesar da Bancada do PT na Câmara pelo falecimento de Luiz Gushiken. </span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">''</span></span><span style="color: #333333; font-family: tahoma, sans-serif; text-align: justify;">A Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados manifesta profundo pesar pelo falecimento do companheiro </span><span style="color: #222222; font-family: tahoma, sans-serif; text-align: justify;">Luiz Gushiken, ocorrido dia 13/9</span><span style="color: #333333; font-family: tahoma, sans-serif; text-align: justify;">. O Brasil perde um grande brasileiro que lutou pela democracia, pelos direitos humanos, pelos trabalhadores e pela construção de um país mais justo e soberano.</span></div>
<div style="background-color: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: tahoma, sans-serif; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; text-align: justify;">
<span style="font-family: tahoma, sans-serif;"><span style="color: #333333;">Sua vida foi um exemplo marcante de luta contra o regime militar e pela consolidação do movimento sindical, o que resultou na construção da Central Única dos Trabalhadores (CUT).</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; text-align: justify;">
<span style="font-family: tahoma, sans-serif;"><span style="color: #333333;"><br /></span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; text-align: justify;">
<span style="font-family: tahoma, sans-serif;"><span style="color: #333333;">Um dos fundadores e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gushiken teve papel preponderante nas campanhas presidenciais do companheiro Luis Inácio Lula da Silva e na construção do modo petista de governar.</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; text-align: justify;">
<span style="font-family: tahoma, sans-serif;"><span style="color: #333333;"><br /></span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; text-align: justify;">
<span style="font-family: tahoma, sans-serif;">Enlutada, a Bancada do PT na Câmara manifesta suas condolências à família do companheiro Gushiken, símbolo de pessoa com ideais inabaláveis e com notável energia no enfrentamento não só das mazelas do nosso sistema econômico, político e social, mas também da doença que o acometeu.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; text-align: justify;">
<span style="font-family: tahoma, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: tahoma, sans-serif;">O momento é de enorme tristeza para todos os militantes do Partido dos Trabalhadores.</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"></span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
Deputado José Guimarães (PT-CE)</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
Líder da Bancada na Câmara</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-84428325373386566472013-08-20T09:27:00.001-03:002013-08-20T09:27:21.963-03:00BANCO ITÁU E REDE GLOBO, CASOS EXEMPLARES DE SONEGAÇÃO FISCAL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-8KOAqfFYEMY/UhNgf8L1rdI/AAAAAAAAAv4/Em5Pwj_3CHY/s1600/globoitau.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-8KOAqfFYEMY/UhNgf8L1rdI/AAAAAAAAAv4/Em5Pwj_3CHY/s1600/globoitau.jpg" /></a></div>
Além do escabroso caso de sonegação fiscal pelas Organizações Globo (R$ 600 milhões), surge outro caso de mega sonegação: a Receita Federal está cobrando do Itaú Unibanco cerca de 18,7 bilhões de reais em impostos atrasados, multas e juros relacionados aos instrumentos contábeis usados para a unificação das operações que formaram o maior banco privado do país.<br />
<br />
A Receita Federal autuou a instituição financeira, cobrando R$ 11,845 bilhões em Imposto de Renda, além de R$ 6,867 bilhões em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, acrescidos de multa e juros. O valor cobrado pela Receita supera o lucro líquido obtido pelo banco no ano passado, que foi de R$ 13,5 bilhões.<br />
<br />
Há um ano a Receita informou que daria início à cobrança de R$ 86 bilhões em impostos atrasados, na maior ação de recuperação de débitos já realizada pelo órgão. Para lembrar: em janeiro, a Receita cobrava mais de R$ 6 bilhões de reais da mineradora MMX, da produtora de cosméticos Natura, da produtora de celulose Fibria e da empresa de logística Santos Brasil, em processos que incluíam recolhimento de Imposto de Renda e de Contribuição Social.<br />
<br />
O Itaú Unibanco classificou como "remoto" o risco de perda no processo aberto pela Receita, mas não informou se provisionará a cobrança em seus balanços futuros. A instituição afirmou que as operações de fusão do Itaú com o Unibanco em 2008 foram legítimas e que foram aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo Banco Central e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica.<br />
<br />
<b>TV GLOBO</b> – A emissora da família Marinho foi denunciada por sonegação fiscal na compra de direitos autorais da Copa do Mundo de 2002, no valor de R$ 615 milhões, o que gerou, até, um pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara, encabeçado pelo deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). Há uma infindável lista de documentos, na internet, que mostram que as Organizações Globo teriam praticado crime financeiro e crime tributário. O mais grave é que o processo fiscal que tramitava na Receita Federal no Rio de Janeiro simplesmente desapareceu.<br />
<br />
Leia mais: <a href="http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/110371/">Blog divulga documentos sobre sonegação das Organizações Globo</a><br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Material elaborado a partir de informações obtidas em sites oficiais, noticiários e na blogosfera</span></b>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-52815583639615777762013-08-20T09:17:00.001-03:002013-08-20T09:17:29.365-03:00TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO SERÁ APLICADA AOS TUCANOS DE SÃO PAULO ? <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-R35rYYbXFQk/UhNeIMLWkzI/AAAAAAAAAvs/2W4sWVX4mnw/s1600/TUCANOS2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="183" src="http://3.bp.blogspot.com/-R35rYYbXFQk/UhNeIMLWkzI/AAAAAAAAAvs/2W4sWVX4mnw/s320/TUCANOS2.jpg" width="320" /></a></div>
Essa é a pergunta que não quer calar, já que todo o processo de desvios de recursos públicos com o Metrô e a CPTM aconteceu nas barbas dos governantes tucanos, mesmo com alertas feitos – e documentados – pelo Ministério Público e até pelo Tribunal de Contas do Estado de que alguma coisa estava descarrilhada no modus operandi das empresas contratadas.<br />
<br />
Como diz o jornalista Paulo Moreira Leite, domínio do fato no julgamento dos outros é refresco, numa alusão ao que ocorreu no julgamento espalhafatoso, pelo STF, da Ação Penal 470. Para ele, os festejos promovidos pela oposição em função do emprego da teoria do domínio do fato para condenar os réus do chamado mensalão ameaçam voltar-se contra os tucanos denunciados no propinoduto tucano. Diz ele:<br />
<br />
“Quando a condenação dos réus petistas atendia a interesses políticos da oposição, que pretendia tirar o máximo proveito do massacre de líderes do governo no julgamento da ação penal 470, não se ouviu uma única voz discordante. Não se falou em abuso, em politização da Justiça ou coisa parecida. As condenações foram aplaudidas em tom cívico e qualquer tentativa de contestação era rebatida como simples manobra diversionista, destinada a manter a impunidade de réus acusados “no maior escândalo da história.”<br />
<br />
As investigações sobre o propinoduto podem mostrar que domínio do fato em julgamento dos outros não arde, colocando os tucanos na difícil posição de esperar para si um benefício que negaram para os adversários.<br />
<br />
Dificilmente deixarão de pagar o preço pelo silêncio na hora em que seu gesto teria a nobreza de quem defende bons princípios mesmo quando eles contrariam seus interesses, recomendação oportuna do filósofo político Isaiah Berlin para políticos de todas as famílias. (....) O tratamento diferenciado que se deu ao mensalão mineiro, que garantiu aos réus o direito de serem julgados em tribunais comuns, ajudou a criar uma primeira controvérsia na ação penal 470”. Ele lembra que ninguém sabe quais serão os desdobramentos do caso Siemens.<br />
<br />
É preciso ouvir o conjunto das testemunhas, buscar coerência entre as provas e, com certeza, dar a todo acusado o direito de demonstrar sua inocência. “ Mas há uma diferença essencial na acusação, porém. Foi a empresa que está na origem do esquema de corrupção que resolveu confessar o que fez, por que fez, para que. Disse para quem pagou, para onde mandou o dinheiro, para quem e quando. Apresenta documentos, orientou as buscas em empresas que eram parceiras.<br />
<br />
A Siemens se autoincrimina – posição que dá inteira credibilidade a sua denúncia. Pelas leis brasileiras, com esse acordo de leniência ela se livra da acusação de cartel e seus executivos se livram da acusação de corrupção. A denúncia sobra para os outros. Numa analogia, é como se Marcos Valério tivesse feito um acordo de delação premiada logo no início da investigação do mensalão – e pudesse reunir o mesmo conjunto de provas robustas -- recibos, documentos e emails -- que a Siemens exibiu. Essa é a questão”.<br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Material elaborado a partir de informações obtidas em sites oficiais, noticiários e na blogosfera </span></b>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-75240506854977785652013-08-14T18:41:00.001-03:002013-08-14T18:41:51.612-03:00PT,PSB,PDT e PCdoB apresentam proposta de plebiscito sobre reforma política<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-9AKm-qBWXjY/Ugv4wJg3w_I/AAAAAAAAAvc/nwB0JHeRAi8/s1600/Guimar%C3%A3es.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-9AKm-qBWXjY/Ugv4wJg3w_I/AAAAAAAAAvc/nwB0JHeRAi8/s1600/Guimar%C3%A3es.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado <b><a href="http://www.guimaraes.org.br/">José Guimarães (CE)</a> (foto), </b> anunciou nesta
quarta-feira (14) acordo formalizado com o PDT, PSB e PCdoB sobre uma proposta de
plebiscito referente à reforma política. Trata-se de uma proposta de Projeto de Decreto Legislativo (PDC), que precisa de 171 assinaturas de parlamentares para que comece a tramitar. Depois, precisa ser aprovada no Plenário, por maioria simples. O documento foi assinado por <span style="text-indent: 0cm;">José Guimarães</span><span style="text-indent: 0cm;"> e pelos líderes Beto Albuquerque (PSB-RS), André Figueiredo (PDT-CE) e Manuela D'Ávila (PCdoB-RS). Abaixo, a íntegra da proposta dos quatro partidos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="text-indent: 0cm;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #4a4a4a; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"> PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2013<o:p></o:p></span></strong></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #4a4a4a; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">(Dos Srs. José Guimarães, Beto
Albuquerque, André Figueiredo, Manuela D’Ávila)<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 6.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 6.0cm; text-align: justify;">
<strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #4a4a4a; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">“Dispõe sobre a convocação de
plebiscito para decidir sobre temas da Reforma Política”<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #4a4a4a; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">O
Congresso Nacional decreta:<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Art.
1º. Nos termos do que estatui o art. 49, XV, da Constituição Federal, a Lei nº
9.709, de 18 de novembro de 1998 e, no que couber, o que prescreve a Lei nº
8.624, de 4 de fevereiro de 1993, fica convocado plebiscito nacional, <u>a ser
realizado em data que será definida pelo Congresso Nacional e comunicada ao
Tribunal Superior Eleitoral - TSE</u>, para consultar o eleitorado brasileiro acerca
de temas relativos à Reforma Política, as seguintes perguntas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 2.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">1
– <u>Financiamento das campanhas eleitorais</u>:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 131.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">a)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Você
concorda com que empresas façam doações para campanhas eleitorais?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 131.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">b)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Você
concorda com que as pessoas físicas façam doações para campanhas eleitorais?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 131.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">c)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Você
concorda com que o financiamento das campanhas eleitorais deve ser
exclusivamente público?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 2.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">2
– Você concorda com que a população participe, opinando e propondo pela <i>internet</i>, quanto à apresentação de
proposta de emenda constitucional, projeto de lei complementar e projeto de lei
ordinária? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 2.0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">3 – Você concorda que as eleições
para Presidente, Governadores, Prefeitos, Deputados, Senadores e Vereadores devam
ser realizadas no mesmo ano?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 2.0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Art. 2º. A manifestação do eleitorado, em
cada ponto consultado, após homologação pelo Tribunal Superior Eleitoral, será
encaminhada ao Congresso Nacional e terá efeito vinculante em relação aos itens
decididos, sobre os quais deverão os Parlamentares proceder à votação das mudanças
legislativas respectivas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Art. 3º. O Tribunal Superior Eleitoral
expedirá as normas regulamentadoras necessárias à realização do plesbicito de
que trata este Decreto Legislativo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Art. 4º. O Tribunal Superior Eleitoral, a partir de
sugestões dos Partidos Políticos ali registrados, organizará campanhas de orientação
do eleitorado nacional, de modo que sejam contemplados todos os esclarecimentos
e consequências das opções formuladas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Art. 5º. Serão alocados ao orçamento do
Tribunal Superior Eleitoral, a partir da solicitação deste, pela União, os
recursos necessários para fazer face às despesas com a realização do
plebiscito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Art. 6º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na
data de sua publicação.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">JUSTIFICAÇÃO<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A Reforma
Política há muito reclamada pela sociedade brasileira apresenta-se como uma
necessidade inadiável na atual fase da democracia nacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 72.0pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os vícios,
deformidades e as próprias virtudes do modelo político eleitoral vigente precisam
ser aperfeiçoados, tendo como norte o aperfeiçoamento da democracia nacional e
a efetiva participação do cidadão na condução dos destinos da Nação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 72.0pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nessa
perspectiva, a consulta ao eleitorado nacional por intermédio do Plebiscito,
para que o povo se manifeste diretamente sobre quais caminhos deseja ver trilhado pela nossa democracia é
um dos instrumentos mais eficazes e legitimadores das mudanças reclamadas pela
sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 72.0pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nesse
sentido, contamos com o apoio dos nobres pares para a aprovação da presente
proposição.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sala das
Sessões, em 13 de agosto de 2013.<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-683535333619536492013-08-13T12:55:00.000-03:002013-08-13T12:57:18.637-03:00PROPINODUTO EM SÃO PAULO: ESCÂNDALO ENVOLVENDO PSDB E MULTINACIONAIS DESMORALIZA VELHA MIDIA<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-YzotL4Qpp4M/UgpXTpVTH2I/AAAAAAAAAvM/ux8E_2DMyBA/s1600/midiapsdb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-YzotL4Qpp4M/UgpXTpVTH2I/AAAAAAAAAvM/ux8E_2DMyBA/s1600/midiapsdb.jpg" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">O papel da mídia é risível, fica claro que
ela tem lado e contraria qualquer manual de redação. Não é à toa que a grande
mídia brasileira tem perdido cada vez mais, de forma acentuada, a
credibilidade. O editorial de Veja desta semana, do jornalista Eurípedes
Alcântara, é um monumento ao cinismo, conforme observa o site Brasil 247. Nele,
o diretor da revista afirma: "Há indícios, mas não provas".</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">No texto,
diz que "ao escândalo Siemens no Brasil faltam evidências sólidas" e
diz que "tanto quanto as autoridades, os repórteres de Veja as estão
buscando" (pausa para gargalhada). Antes dele, Merval Pereira havia
lamentado a corrupção no PSDB e Reinaldo Azevedo afirmou que a teoria do
domínio do fato não poderia ser aplicada a tucanos como Andrea Matarazzo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">Essa
cautela, evidentemente, jamais existiu em relação aos adversários políticos
dessa mesma imprensa, que eram criminalizados ainda enquanto réus. O que
demonstra que a ética se transformou, no Brasil, em instrumento de guerra
política e comercial. Nunca foi tão fácil enxergar o cinismo, a desfaçatez e a
hipocrisia da imprensa brasileira. Bastou que um escândalo atingisse seus
aliados políticos tradicionais, para que essa postura viesse à tona.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">Do
escândalo Siemens, emerge uma mídia que opera com dois sistemas métricos
distintos: um para os amigos, outro para os adversários. De todas as peças produzidas até agora, a
mais cara de pau é o editorial de Veja, assinado por Eurípedes Alcântara.
"Há indícios, mas não provas", diz o diretor de Veja. No mundo da
Editora Abril, os olhos estão fechados para os emails da Siemens e da Alstom
que falam em licitações combinadas e até em propinas para grão-tucanos como
Robson Marinho, ex-secretário da Casa Civil, e Andrea Matarazzo, figura próxima
a Mario Covas, José Serra e Fernando Henrique Cardoso. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">No mundo de Veja, não existem provas, apenas
indícios, mas há três anos a imprensa noticiou o bloqueio de uma conta na Suíça
atribuída a Robson Marinho, braço direito de Mario Covas, cujos recursos seriam
provenientes da Alstom . Documentos agora revelados – e ignorados por Veja –
falam que a propina da Alstom cobriria RM (Robson Marinho), o partido (o PSDB)
e a Secretaria de Energia (ocupada, à época, por Matarazzo).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">Como Eurípedes
sabe que empresta sua pena a um argumento indefensável, ele praticamente dá um
piti, no seu editorial. "A esta altura, porém, não há como esquecer que o
PR, o PTB, o PMDB e, claro, o PT acostumaram o Brasil a um padrão de escândalos
tão abundantes em provas e com enredo tão ousado quanto primário que é
impossível ser igualado. (....)". E
desfia uma lista de denúncias envolvendo a base aliada nos últimos anos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">"O que ele não afirma é que o padrão do metrô supera toda a sua descrição.
Mais sofisticados, os tucanos operaram com empresas internacionais, indicaram a
elas que empresas deveriam ser subcontratadas e, em alguns casos, como parece
ser o de Robson Marinho, apontaram as contas no exterior que deveriam receber
os recursos. Diante das evidências, cai
por terra o argumento de que a imprensa brasileira representa "os olhos e
ouvidos da ação".</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">Veja, por exemplo, é claramente caolha. Só enxerga o
lado que interessa. Mas não está só. Antes dela, o colunista Merval Pereira
lamentou a corrupção tucana e se apressou em inocentar o ex-governador José
Serra (leia aqui). Reinaldo Azevedo deu um chilique e afirmou que a teoria do
domínio do fato, usada pela Polícia Federal para indiciar Andrea Matarazzo e
pelo Supremo Tribunal Federal para condenar José Dirceu, não poderia ser
aplicada ao político tucano.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">Ora, se a mesma cautela fosse aplicada aos adversários dessa mesma
imprensa, o julgamento mais emblemático dos últimos anos teria transcorrido de
forma bem menos turbulenta. No entanto, se para os amigos as provas podem ser
transformadas em indícios, para os adversários os indícios também podem ser
convertidos em provas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">Além disso, essa mesma imprensa que faz da ética seu
cavalo de batalha se julga no direito de colocar a faca no pescoço de juízes –
como Veja faz nesta semana em relação a Ricardo Lewandowski– para defender seus
interesses políticos, que, na prática, são interesses comerciais. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">Pobres dos juízes e procuradores que se
deixam manipular por uma imprensa partidária, seletiva, autoritária e, agora, totalmente
desmoralizada”. Ainda sobre o tema mídia, vale a pena ler artigo de Paulo
Moreira Leite, sobre a blindagem tucana promovida pela maior parte dos meios de
comunicação. Leia a íntegra clicando <a href="http://www.advivo.com.br/node/1467806">aqui</a>.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="color: #660000;">Material elaborado a partir de informações obtidas em sites oficiais,
noticiários e na blogosfera </span><o:p></o:p></i></b></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-71818839492641981712013-08-13T12:39:00.001-03:002013-08-13T12:39:57.107-03:00PROPINODUTO TUCANO EM SÃO PAULO: MÍDIA, JUSTIÇA E MINISTÉRIO PÚBLICO EM XEQUE<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-4ZplW862-7M/UgpTFkij6dI/AAAAAAAAAu8/qfL4ztRR12o/s1600/tremtucano.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-4ZplW862-7M/UgpTFkij6dI/AAAAAAAAAu8/qfL4ztRR12o/s1600/tremtucano.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;">Não se pode negar que as denúncias de cartel e favorecimento
patrocinados por governos do PSDB em licitações do Metrô e da CPTM evidenciam,
de forma clara, o tratamento diferente
que é dado quando irregularidades são praticadas pela oposição ao governo
federal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;">O caso mostra a diferença de conduta não só da imprensa, mas também do
Judiciário e do Ministério Público, que atuam de maneira "seletiva".
No caso da mídia, cai por terra o mito da imparcialidade, tão apregoado , de
forma canhestra, pelos prepostos dos barões dos conglomerados de comunicação.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;">A
Folha de S. Paulo, na cobertura inicial, tratou o caso como se fosse de um
governo dos confins da Ásia, com abordagem anódina e destituída de vínculo com
o Estado de São Paulo. Sem falar que o assunto era de conhecimento público
desde 2008, com sucessivas denúncias feitas pelo PT e com repercussão restrita,
praticamente, aos blogs e sites de esquerda.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;">Blindagem dos tucanos, em outras
palavras. Que só será superada com mobilização dos movimentos sociais, para
pavimentar o caminho para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) na Assembleia Legislativa/SP para investigar as suspeitas de corrupção no
Estado.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;">O PT quer a investigação da
responsabilidade ou omissão de agentes públicos e políticos do PSDB
relacionados às denúncias de formação de cartel entre empresas para obras e
manutenção de equipamentos do Metrô e da CPTM.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;">O cartel seria formado pelas
empresas Alstom, Bombardier, CAF, Siemens, TTrans e Mitsui, envolvendo
superfaturamento nos preços, pagamento de propinas e fraudes em licitações e
contratos desde 1997, período de hegemonia do PSDB no Palácio dos
Bandeirantes.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;">A instalação da CPI tem
duas barreiras difíceis de serem transportadas. A regimental, que depende do
Colégio de Líderes para ser superada, e a política. Com 26 assinaturas já
coletadas, o PT teria de conseguir o apoio de mais seis deputados entre os 68
que o governador Geraldo Alckmin tem a seu favor.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #222222;">A aposta é que as assinaturas
que faltariam para viabilizar a CPI sejam de deputados que se sintam
constrangidos em não apoiar uma iniciativa cuja demanda tem a ver com as
recentes manifestações de rua por transparência e contra a corrupção, um risco
alto em ano pré-eleitoral.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="color: #660000;">Material elaborado a partir de informações obtidas em sites oficiais,
noticiários e na blogosfera </span><o:p></o:p></i></b></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-58670976142278272862013-08-13T11:42:00.001-03:002013-08-13T11:43:13.207-03:00REPORTAGEM QUE DIFAMA PETROBRAS É DESMENTIDA EM 24 HORAS <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-ezQXIbuqlGA/UgpF0DugIsI/AAAAAAAAAus/Tlo-QvkUXdc/s1600/epocaglobo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-ezQXIbuqlGA/UgpF0DugIsI/AAAAAAAAAus/Tlo-QvkUXdc/s320/epocaglobo.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Uma reportagem da revista Época publicada no sábado (9), na qual o lobista João Augusto Henriques teria revelado ao repórter Diego Escosteguy a existência de um esquema de desvio de verbas na Petrobras, destinado a alimentar campanhas políticas, incluindo da presidente Dilma, foi desmentida em 24 horas, em nota na qual Henriques nega ter feito tais declarações. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Veja abaixo: </div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>"Informo que não concedi entrevista à revista Época. O contato que mantive com o repórter da publicação tratava-se meramente de uma conversa informal, cujo convite partiu dele, na qual o repórter apresentou as situações descritas na reportagem. O que não significa que houve concordância com a versão do repórter. Quanto aos fatos mencionados pelo jornalista, não exerço, e nunca exerci, qualquer interferência nos contratos da área internacional da Petrobras. Não recebi e nunca repassei qualquer recurso para pessoas nem tampouco partidos, sejam eles PT ou PMDB. De fato, havia sido sondado pelo já falecido deputado Fernando Diniz para assumir um cargo na Petrobras, mas declinei do convite. Conheci, e conheço várias pessoas da Petrobras porque lá trabalhei durante 23 anos, tendo sido, inclusive, diretor da BR Distribuidora.</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Não fui responsável por demissões ou indicações para cargos na estrutura da Petrobras.</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>No mais, o que expôs a publicação são ilações.” João Augusto Henriques</i> </div>
<div>
<br /></div>
<div>
No novo tipo de jornalismo irresponsável que tomou conta da mídia brasileira, o autor da “reportagem” divulgou trechos da gravação, que atinge ainda Michel Temer, Henrique Alves e Marcelo Odebrecht, no site da revista. Entretanto, nada ficou esclarecido, pois, pelo que se divulga, as fitas foram editadas. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Como Escosteguy já se envolveu em reportagens polêmicas que jamais foram desvendadas, para que reste um mínimo de credibilidade na reportagem, e para sanar todas essas dúvidas, o correto seria a publicação na íntegra da conversa e não apenas trechos. O jornalista resolveu então publicar a gravação, querendo provar que não estava mentido. Foi um vexame. Só publicou alguns trechos deixando dúbias as conversas, quando são cortadas, sem mostrar todo o contexto em que foi dita.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Inclusive seria importante publicar na íntegra para entender a motivação que João Augusto teria para se autoincriminar, se é que fez isso de fato. Ele achou que estava falando em "off"? E estaria usando esse "off" para detonar adversários de Aécio Neves, sem compromisso com a verdade?</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Diego Escosteguy esconde as informações do leitor, que são importantes, quando se trata de um denúncia sem documentos apoiadas apenas em palavras de quem o próprio Escosteguy deprecia ao tratá-lo como lobista. Fica claro então que a revista censura gravações e passam vexame perto da honestidade de um novo tipo de jornalismo que ganha as redes, com transparência.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<b><span style="color: #660000;">Material elaborado a partir de informações obtidas em sites oficiais, noticiários e na blogosfera </span></b></div>
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-44253002434900445712013-08-09T09:48:00.001-03:002013-08-09T09:48:48.787-03:00Nova classe trabalhadora: enigmas?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_xEWX4GU2wA/UgTlAdupmmI/AAAAAAAAAuc/BDIqFIPTgpo/s1600/chaui.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="183" src="http://1.bp.blogspot.com/-_xEWX4GU2wA/UgTlAdupmmI/AAAAAAAAAuc/BDIqFIPTgpo/s320/chaui.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: #660000;"><b><br /></b></span>
<span style="color: #660000;"><b>Marilena Chaui</b></span><br />
<br />
O propósito das várias perguntas aqui formuladas é suscitar uma análise futura (que espero seja feita pela FPA) que refute com dados empíricos e teóricos a afirmação do IPEA e do Ministério do Desenvolvimento Social (portanto, do governo Dilma), de vários cientistas sociais e dos meios de comunicação de que há no Brasil uma nova classe média.<br />
<br />
Sugerimos aqui que há no Brasil uma nova classe trabalhadora cuja composição, forma de expressão pública e de consciência permanece ainda muito difícil de apreender e compreender, mesmo usando o conceito de Paul Singer de subproletariado ou o de precariado, proposto por alguns cientistas sociais.<br />
<br />
Propomos também, como um ponto de partida plausível, uma breve referência ao que aconteceu com a classe trabalhadora em seu conjunto (e não apenas no Brasil) sob os efeitos do neoliberalismo e suas possíveis consequências para o que estamos chamando de nova classe trabalhadora brasileira.<br />
<br />
O que segue, portanto, não é uma análise nem uma interpretação da sociedade brasileira contemporânea, mas uma interrogação para provocá-las.<br />
<br />
Como sabemos, a social-democracia e a economia keynesiana propuseram como modelo econômico-político o Estado do Bem-Estar Social, fundado em dois grandes princípios: 1. direção da maior parte do fundo público ao salário indireto (seguro desemprego, salário família, aposentadoria, férias, moradia, serviços gratuitos de saúde, educação, cultura e lazer, etc); 2. regulação estatal do mercado, seja diretamente por meio de empresas estatais, seja indiretamente por meio da legislação sobre as empresas privadas. Sabemos também que, nos meados dos anos 1970, esse modelo desembocou no chamado déficit fiscal do Estado e, com a crise das fontes de energia (particularmente o petróleo), ensejou a estagflação. Esses dois elementos abriram uma crise no capitalismo para a qual os ideólogos conservadores pretenderam oferecer a suposta explicação: a crise teria sido causada pelo poder excessivo dos sindicatos e dos movimentos operários, que haviam pressionado por aumentos salariais e exigido o aumento dos encargos sociais do Estado, destruindo os níveis de lucro requeridos pelas empresas e, com isso, desencadeado processos inflacionários incontroláveis e o aumento colossal da dívida pública.<br />
<br />
Feito o diagnóstico, também ofereceram o remédio: um Estado forte para quebrar o poder dos sindicatos e movimentos populares, controlar os dinheiros públicos e cortar drasticamente os encargos sociais e os investimentos na economia, tendo como meta principal a estabilidade monetária por meio da contenção dos gastos sociais, do aumento da taxa de desemprego para formar um exército industrial de reserva que quebrasse o poderio das organizações trabalhadoras, e de uma reforma fiscal para incentivar os investimentos privados reduzindo os impostos sobre o capital e as fortunas e aumentando os impostos sobre a renda individual, portanto, sobre o trabalho, o consumo e o comércio. Traduzindo em miúdos: abolição dos investimentos estatais na produção, abolição do controle estatal sobre o fluxo financeiro, drástica legislação antigreve e vasto programa de privatização não só das empresas, mas também dos encargos sociais como saúde, educação e moradia.<br />
<br />
Com o encolhimento do espaço público dos direitos e a ampliação do espaço privado dos interesses de mercado, nascia o neoliberalismo, cujos traços principais podem ser assim resumidos:<br />
<br />
1. desativação do modelo industrial de tipo fordista, baseado no planejamento, na funcionalidade e no longo prazo do trabalho industrial, com a centralização e verticalização das plantas industriais, grandes linhas de montagens concentradas num único espaço, formação de grandes estoques orientados pelas ideias de qualidade e durabilidade dos produtos, e numa política salarial articulada ao Estado (o salário direto articulado ao salário indireto, isto é, aos benefícios sociais assegurados pelo Estado). Agora, a produção opera por fragmentação e dispersão de todas as esferas e etapas do trabalho produtivo, com a compra e venda de serviços no mundo inteiro, isto é, com a terceirização e precarização do trabalho. Desarticulam-se as formas consolidadas de negociação salarial e se desfazem os referenciais que permitiam à classe trabalhadora perceber-se como classe e lutar como classe social, enfraquecendo-se ao se dispersar nas pequenas unidades terceirizadas, de prestação de serviços, no trabalho precarizado e na informalidade, que se espalharam pelo planeta. Desponta uma nova classe trabalhadora cuja composição e definição ainda estão longe de ser compreendidas.<br />
<br />
2. o desemprego torna-se estrutural, deixando de ser acidental ou expressão de uma crise conjuntural, porque a forma contemporânea do capitalismo, ao contrário de sua forma clássica, não opera por inclusão de toda a sociedade no mercado de trabalho e de consumo, mas por exclusão, que se realiza não só pela introdução ilimitada de tecnologias de automação, mas também pela velocidade da rotatividade da mão de obra, que se torna desqualificada e obsoleta muito rapidamente em decorrência da velocidade das mudanças tecnológicas. Como consequência, tem-se a perda de poder dos sindicatos, das organizações e movimentos populares e o aumento da pobreza absoluta. A distinção entre países de Primeiro e Terceiro Mundo tende a ser acrescida com a existência, em cada país, de uma divisão entre bolsões de riqueza absoluta e de miséria absoluta, isto é, a polarização de classes surge como polarização entre a opulência absoluta e a indigência absoluta.<br />
<br />
3. deslocamento do poder de decisão do capital industrial para o capital financeiro, que se torna o coração e o centro nervoso do capitalismo, ampliando a desvalorização do trabalho produtivo e privilegiando a mais abstrata e fetichizada das mercadorias, o dinheiro, porém não como mercadoria equivalente para todas as mercadorias, mas como moeda ou expressão monetária da relação entre credores e devedores, provocando, assim, a passagem da economia ao monetarismo. Essa abstração transforma a economia no movimento fantasmagórico das bolsas de valores, dos bancos e financeiras – fantasmagórico porque não operam com a materialidade produtiva e sim com signos, sinais e imagens do movimento vertiginoso das moedas.<br />
<br />
4. a transnacionalização da economia sob os imperativos financeiros ou monetários torna pouco importante a figura do Estado nacional como enclave territorial para o capital e dispensa as formas clássicas do imperialismo – colonialismo político-militar, geopolítica de áreas de influência, etc. –, de sorte que o centro econômico, jurídico e político planetário encontra-se no FMI e no Banco Mundial, que operam com um único dogma: estabilidade monetária e corte do déficit público.<br />
<br />
5. no Estado do Bem-Estar Social, a presença do fundo público sob a forma do salário indireto (os direitos econômicos e sociais) desatou o laço que prendia o capital à força de trabalho (ou ao salário direto). Esse laço era o que, tradicionalmente, forçava a inovação técnica pelo capital ser uma reação ao aumento real de salário1 e, ao ser desatado, três consequências se impuseram: a) o impulso à inovação tecnológica tornou-se praticamente ilimitado, provocando expansão dos investimentos e agigantamento das forças produtivas cuja liquidez é impressionante, mas cujo lucro não é suficiente para concretizar todas as possibilidades tecnológicas, exigindo o financiamento estatal; b) o desemprego torna-se estrutural não só pela introdução ilimitada de tecnologias de automação, mas também pela velocidade da rotatividade da mão de obra, que se torna desqualificada e obsoleta muito rapidamente em decorrência da velocidade das mudanças tecnológicas, ampliando a fragmentação da classe trabalhadora e diminuindo o poder de suas organizações; c) o aumento do setor de serviços também se torna estrutural, deixando de ser um suplemento à produção visto que, agora, sob a designação de tecnociência, a ciência e a tecnologia tornaram-se forças produtivas, deixando de ser mero suporte do capital para se converter em agentes de sua acumulação; com isso, mudou o modo de inserção social do conhecimento científico e técnico, de maneira que cientistas e técnicos se tornaram agentes econômicos diretos. A força e o poder capitalistas encontram-se no monopólio dos conhecimentos, entendidos como informação e esta, como operações de signos ou sinais. A mudança do lugar social dos cientistas e técnicos determinada pela economia (isto é, pela base material da sociedade) vem exprimir-se teoricamente (isto é, no plano das ideias) no novo paradigma das ciências duras (matemática, física, química), naturais (biologia) e humanas (ciências sociais), qual seja, o da informação, que suplanta tanto o paradigma clássico da organização quanto o paradigma do século XX, a estrutura (esses dois paradigmas lidam com totalidades; a informação lida com a fragmentação e dispersão de sinais).<br />
<br />
6. politicamente, as novas tecnologias de informação estruturam um novo poder planetário de vigilância e de controle que suplanta os Estados nacionais e as particularidades sociais. Trata-se da Internet e da multimídia. A Internet é um ponto de convergência entre uma arquitetura industrial, múltiplas linguagens informáticas e um grande número de práticas intelectuais e cognitivas, econômicas, sociais, políticas, artísticas e de lazer. É uma organização de informações, um enxame de redes privadas e públicas, institucionais, comerciais, governamentais, associativas conectadas em inúmeros «nós» que formam uma «nebulosa informacional amplamente insondável, diversamente organizada, às vezes aberta e disponível, mas frequentemente fechada e secreta» (Paul Mathias) e que aparece como uma comunicação tecnológica e universal. Embora o uso das redes possa envolver usos técnicos diversos, entretanto, nossa experiência reticular está circunscrita a um número restrito de programas aplicativos que permitem as múltiplas operações desejadas em um número limitado de gestos previstos e uniformes em todo o planeta, sem que tenhamos a menor ideia do que são e significam os protocolos informáticos que empregamos. O usuário é transformado em mercadoria porque a estratégia de venda não consiste mais em vender um produto para o maior número de clientes, mas em vender no ciberespaço o maior número de produtos para um usuário cujo perfil é traçado pelos “provedores de acesso” para servir de base de cálculo para o valor de tempo de vida em termos de sua virtualidade de acesso e consumo – em suma, controle e vigilância dos indivíduos. Por sua vez, as multimídia, sistema de comunicação que integra diferentes veículos de comunicação e seu potencial interativo, e que nenhum Estado nacional sozinho tem condições para, sozinho, implantar, levando por isso à formação de consórcios empresariais regionais/globais (empresas de armamentos, empresas financeiras, empresas de comunicação de massa, operadoras de comunicação, provedores de serviços de Internet e empresas de computadores) que controlam todo o sistema em escala planetária – em suma, vigilância e controle sobre os Estados nacionais e as classes sociais.<br />
<br />
No caso do Brasil, o modelo neoliberal se implantou nos governos de Fernando Henrique Cardoso com a chamada Reforma do Estado ou, como diziam os tucanos, uma “engenharia política” dita racionalizadora e modernizadora tendo como objetivo redistribuir as atividades estatais em quatro campos: Núcleo Estratégico do Estado (os três poderes; o poder executivo presente através dos ministérios) para definição do exercício do poder; Atividades Exclusivas do Estado, definidas pelo Núcleo Estratégico e que não podem ser delegadas a instituições não estatais; Serviços Não-Exclusivos do Estado, isto é, aqueles que podem ser realizados por instituições não estatais, na qualidade de prestadoras de serviços que incluem educação, saúde, cultura, utilidades públicas; Setor de Produção para o mercado, isto é, as empresas estatais. O fundamento ideológico da reforma foi cristalino: todos os problemas e malefícios econômicos, sociais e políticos do país decorreriam da presença do Estado não só no Setor de Produção para o mercado, mas também nos Serviços Não-Exclusivos, donde se conclui que todas as soluções e todos os benefícios econômicos, sociais e políticos devem vir da substituição do Estado pelas empresas privadas no Setor de Produção e no dos Serviços Não-Exclusivos. Em outras palavras, o mercado é portador de racionalidade sócio-política e agente principal do bem-estar da república. Isto significa a saída do Estado não apenas do Setor de Produção para o Mercado (como seria de se esperar numa ideologia da “desregulação” econômica), mas sobretudo do setor de serviços públicos (educação, saúde, moradia, transporte, cultura, etc). Em outras palavras, a reforma excluiu as exigências democráticas dos cidadãos ao Estado e aceitou apenas as exigências feitas pelo capital ao seu Estado, isto é, excluiu todas as conquistas econômicas, sociais e políticas, vindas de lutas populares no interior da luta de classes. Essa identificação entre o Estado e o capital em sua forma neoliberal apareceu de maneira nítida na substituição do conceito de direitos pelo de serviços, que levou a colocar direitos (como transporte, saúde, educação, moradia, cultura) no setor de serviços destinados a se tornar não-estatais e definidos pelos interesses de mercado. A reforma, portanto, em consonância com o neoliberalismo, encolheu o espaço público dos direitos e ampliou o espaço privado não só ali onde isso seria previsível -- nas atividades ligadas à produção econômica --, mas também onde não é admissível -- no campo dos direitos sociais conquistados, desfazendo, assim, a articulação democrática entre poder e direito.<br />
<br />
Com todos os problemas, equívocos, idas e vindas, coalizões pouco recomendáveis (fruto do sistema político-partidário e eleitoral legado pelo General Golbery com o “Pacote de Abril”), foi contra o modelo implantado pela reforma tucana que se ergueram os governos Lula e Dilma, ou o que André Singer designa como lulismo e eu designo como construção da cidadania ou a conquista da democracia como criação e consolidação de direitos.<br />
<br />
Estudos, pesquisas e análises mostram que houve uma mudança profunda na composição da sociedade brasileira, graças aos programas governamentais de transferência da renda, inclusão social e erradicação da pobreza, à política econômica de pleno emprego e elevação do salário mínimo, à recuperação de parte dos direitos sociais das classes populares (sobretudo alimentação, saúde, educação e moradia), à articulação entre esses programas e o princípio do desenvolvimento sustentável e aos primeiros passos de uma reforma agrária que permita às populações do campo não recorrer à migração forçada em direção aos centros urbanos.<br />
<br />
De modo geral, utilizando a classificação dos institutos de pesquisa de mercado e da sociologia, o IPEA segue o costume de organizar a sociedade numa pirâmide seccionada em classes designadas como A, B, C, D e E, tomando como critério a renda, a propriedade de bens imóveis e móveis, a escolaridade e a ocupação ou profissão. Por esse critério, chegou-se à conclusão de que, entre 2003 e 2011, as classes D e E diminuíram consideravelmente, passando de 96,2 milhões de pessoas a 63,5 milhões; também no topo da pirâmide houve crescimento das classes A e B, que passaram de 13,3 milhões de pessoas a 22,5 milhões; mas a expansão verdadeiramente espetacular ocorreu na classe C, que passou de 65,8 milhões de pessoas a 105,4 milhões. Essa expansão levou à afirmação de que cresceu a classe média brasileira, ou melhor, que teria surgido uma nova classe média no país.<br />
<br />
Como sabemos, há outra maneira de analisar a divisão social das classes tomando como critério a forma da propriedade. Dizendo o óbvio ululante: no modo de produção capitalista, a classe dominante é proprietária privada dos meios sociais de produção (capital produtivo e capital financeiro); a classe trabalhadora, excluída desses meios de produção e neles incluída como força produtiva, é “proprietária” da força de trabalho, vendida e comprada sob a forma de salário. Marx falava em pequena burguesia para indicar uma classe social que não se situava nos dois pólos da divisão social constituinte do modo de produção capitalista. A escolha dessa designação decorria de dois motivos principais: em primeiro lugar, para afastar-se da noção inglesa de middle class, que indicava exatamente a burguesia, situada entre a nobreza e a massa trabalhadora; em segundo, para indicar, por um lado, sua proximidade social e ideológica com a burguesia e não com os trabalhadores, e, por outro, indicar que, embora não fosse proprietária privada dos meios sociais de produção, entretanto poderia ser proprietária privada de bens móveis e imóveis. Numa palavra, encontrava-se fora do núcleo central do capitalismo: não era detentora do capital e dos meios sociais de produção e não era a força de trabalho que produz capital; situava-se nas chamadas profissões liberais, na burocracia estatal (ou nos serviços públicos) e empresarial (ou na administração e gerência), na pequena propriedade fundiária e no pequeno comércio.<br />
<br />
É a sociologia, sobretudo de inspiração estadunidense, que introduz a noção de classe média para designar esse setor sócio-econômico, empregando, como dissemos acima, os critérios de renda, escolaridade, profissão e consumo, a pirâmide das classes A, B, C, D e E, e a célebre idéia de mobilidade social para descrever a passagem de um indivíduo de uma classe para outra2.<br />
<br />
As refutações mais contundentes desse tipo de descrição encontram-se nas pesquisas de Jessé de Souza (apresentadas em dois livros e em seminário na Fundação) e nas de Celi Scalon e André Salta (mencionadas por Carlos Henrique Pissardo no artigo publicado na Carta Maior de 19 de julho). Como são do conhecimento de todos, não vou repeti-las aqui. Em todas elas, o que se vê é o crescimento da classe trabalhadora e não o surgimento de uma suposta nova classe média. O artigo de Pissardo é particularmente importante porque, com esses dados, ele se volta para a análise das manifestações de junho de 2013 para mostrar que foram majoritariamente de classe média, no sentido clássico deste conceito, porque, de fato, essa classe foi menos favorecida do que a classe trabalhadora com os programas sociais do governo Lula e manteve padrões tradicionais de vida e consumo (por exemplo, continuou com a educação privada, os planos de saúde privados, o uso de empréstimos bancários para a aquisição de imóveis em condomínios e de veículos, etc) .<br />
<br />
Se abandonarmos a descrição sociológica, se ficarmos com a constituição das classes sociais no modo de produção capitalista (ainda que adotemos a expressão “classe média”), se, no caso do Brasil, considerarmos as pesquisas que mencionamos acima e os números que elas apresentam relativos à diminuição e ao aumento do contingente demográfico nas três classes sociais, e se, por outro lado, no caso do modo de produção capitalista em geral, levarmos em conta as mudanças sociais acarretadas pelo surgimento da tecnociência e pela passagem das antigas profissões liberais à condição assalariada, poderemos chegar a algumas conclusões provisórias:<br />
<br />
1. os projetos e programas de transferência de renda e garantia de direitos sociais (educação, saúde, moradia, alimentação) e econômicos (aumento do salário mínimo; políticas de pleno emprego; salário desemprego; reforma agrária; cooperativas da economia solidária, etc.) indicam que o que cresceu no Brasil foi a classe trabalhadora, cuja composição é complexa, heterogênea e não se limita aos operários industriais e agrícolas “tradicionais”;<br />
<br />
2. o critério dos serviços como definidor da classe média não se mantém na forma atual do capitalismo por dois motivos:<br />
<br />
a) a maioria dos serviços fazia parte da planta industrial fordista e, simplesmente, com a desativação desse modelo da produção, houve a terceirização dos serviços que, entretanto, estão articulados à produção industrial e são um ramo dela;<br />
<br />
b) a ciência e as técnicas (a chamada tecnociência) se tornaram forças produtivas e os serviços por elas realizados ou delas dependentes estão diretamente articulados à acumulação e reprodução do capital; em outras palavras, o crescimento de assalariados no setor de serviços não é crescimento da classe média e sim de uma nova classe trabalhadora heterogênea, definida pelas diferenças de escolaridade e pelas habilidades e competências determinadas pela tecnociência. De fato, no capitalismo industrial, as ciências, ainda que algumas delas fossem financiadas pelo capital, se realizavam, em sua maioria, em pesquisas autônomas cujos resultados poderiam levar a tecnologias aplicadas pelo capital na produção econômica. Essa situação significava que cientistas e técnicos pertenciam à classe média. Hoje, porém, as ciências e as técnicas tornaram-se parte essencial das forças produtivas e por isso cientistas e técnicos passaram da classe média à classe trabalhadora como produtores de bens e serviços articulados à relação entre capital e tecnociência. Dessa maneira, renda, propriedades e escolaridade não são critérios para distinguir entre os membros da classe trabalhadora e os da classe média.<br />
<br />
3. o critério da profissão liberal também se tornou problemático para definir a classe média, uma vez que a nova forma do capital levou à formação de empresas de saúde, advocacia, educação, comunicação, alimentação, etc., de maneira que seus componentes se dividem entre proprietários privados e assalariados e estes devem ser colocados na classe trabalhadora.<br />
<br />
4. a figura da pequena propriedade familiar também não é critério para definir a classe média porque a economia neoliberal, ao desmontar o modelo fordista, fragmentar e terceirizar o trabalho produtivo em milhares de micro-empresas (grande parte delas, familiares) dependentes do capital transnacional, transformou esses pequenos empresários em força produtiva que, juntamente com os prestadores individuais de serviços (seja na condição de trabalhadores precários seja na condição de trabalhadores informais), é dirigida e dominada pelos oligopólios multinacionais, em suma, os transformou numa parte da nova classe trabalhadora mundial.<br />
<br />
Restaram, portanto, as burocracias estatal e empresarial, os serviços públicos, a pequena propriedade fundiária, o pequeno comércio não filiado às grandes redes de oligopólios transnacionais e os profissionais liberais ainda não assalariados como espaços para alocar a classe média. No Brasil, esta se beneficiou com as políticas econômicas dos últimos dez anos, cresceu e prosperou, mas (conforme Scalon e Salata) não no mesmo grau nem na mesma intensidade que a classe trabalhadora.<br />
<br />
Assim, quando dizemos que se trata de uma nova classe trabalhadora, consideramos que a novidade não se encontra apenas nos efeitos das políticas sociais e econômicas, mas também nos dois elementos trazidos pelo neoliberalismo, quais sejam, de um lado, a fragmentação, terceirização e precarização do trabalho e, de outro, a incorporação à classe trabalhadora de segmentos sociais que, nas formas anteriores do capitalismo, teriam pertencido à classe média. A pergunta que fica é: o que sabemos efetivamente dessa nova classe trabalhadora?<br />
<br />
Uma classe social não é um dado fixo, definido apenas pelas determinações econômicas, mas um sujeito social, político, moral e cultural que age, se constitui, interpreta a si mesma e se transforma por meio da luta de classes. Ela é uma práxis, ou como escreveu E.P.Thompson, um fazer-se histórico. Se é nisso que reside a possibilidade transformadora da classe trabalhadora, é nisso também que reside a possibilidade do ocultamento de seu ser e o risco de sua absorção ideológica pela classe dominante, sendo o primeiro sinal desse risco justamente a difusão de que há uma nova classe média no Brasil. E é exatamente por isso também que a classe média coloca uma questão política de enorme relevância para nós.<br />
Estando fora do núcleo econômico definidor do capitalismo, a classe média encontra-se também fora do núcleo do poder político: ela não detém o poder do Estado nem o poder social da classe trabalhadora organizada. Isso a coloca numa posição que a define menos por sua posição econômico-política e muito mais por seu lugar ideológico e este tende a ser contraditório.<br />
<br />
Por sua posição no sistema social, a classe média tende a ser fragmentada, raramente encontrando um interesse comum que a unifique. Todavia, certos setores, como é o caso, por exemplo, dos estudantes, dos funcionários públicos, dos intelectuais, de lideranças religiosas tendem a ser organizar e a se opor à classe dominante em nome da justiça social, colocando-se na defesa dos interesses e direitos dos excluídos, dos espoliados, dos oprimidos; numa palavra, tendem para a esquerda e, via de regra, para a extrema esquerda e o voluntarismo. No entanto, essa configuração é contrabalançada por outra, exatamente oposta. Fragmentada, perpassada pelo individualismo competitivo, desprovida de um referencial social e econômico sólido e claro, a classe média tende a alimentar o imaginário da ordem e da segurança porque, em decorrência de sua fragmentação e de sua instabilidade, seu imaginário é povoado por um sonho e por um pesadelo: seu sonho é tornar-se parte da classe dominante; seu pesadelo é tornar-se proletária; para que o sonho se realize e o pesadelo não se concretize, é preciso ordem e segurança. Isso torna a classe média ideologicamente conservadora e reacionária e seu papel social e político é o de assegurar a hegemonia ideológica da classe dominante. É sob esta perspectiva que se pode dizer que a classe média é a formadora da opinião social e política conservadora e reacionária.<br />
<br />
Cabe ainda particularizar a classe média brasileira, que, além dos traços anteriores, é também determinada pela estrutura autoritária da sociedade brasileira, marcada pelo predomínio do espaço privado sobre o público e fortemente hierarquizada em todos os seus aspectos: nela, as relações sociais e inter-subjetivas são sempre realizadas como relação entre um superior, que manda, e um inferior, que obedece; as diferenças e assimetrias são sempre transformadas em desigualdades que reforçam a relação mando-obediência, e as desigualdades são naturalizadas. As relações com que se julgam iguais, são de “parentesco”, isto é, de cumplicidade; e com os que são vistos como desiguais, o relacionamento toma a forma do favor, da clientela, da tutela ou da cooptação, e, quando a desigualdade é muito marcada, assume a forma da opressão, de sorte que a divisão social das classes é sobre-determinada pela polarização entre a carência (das classes populares) e o privilégio (da classe dominante). A classe média não só incorpora e propaga ideologicamente as formas autoritárias das relações sociais, como também incorpora e propaga a naturalização e valorização positiva da fragmentação e dispersão sócio-econômica, trazidas pela economia neoliberal e defendidas ideologicamente pelo estímulo ao individualismo competitivo agressivo e ao sucesso a qualquer preço por meio da astúcia para operar com os procedimentos do mercado.<br />
<br />
E é nisto que reside o problema da absorção ideológica da nova classe trabalhadora brasileira pelo imaginário de classe média, absorção que atualmente, no Brasil, se manifesta na disputa entre duas formulações ideológicas que enfatizam a individualidade bem-sucedida: a “teologia da prosperidade”, do pentecostalismo, e a “ideologia do empreendorismo” da classe média neoliberal (o sonho de virar burguesia). Em outras palavras, visto que a nova classe trabalhadora brasileira se constituiu no interior do momento neoliberal do capitalismo, nada impede que, não tendo ainda criado formas de organização e de expressão pública, ela se torne propensa a aderir ao individualismo competitivo e agressivo difundido pela classe média. Ou seja, que ela possa aderir ao modo de aparecer do social como conjunto heterogêneo de indivíduos e interesses particulares em competição. E ela própria é levada a acreditar que faz parte de uma nova classe média brasileira.<br />
<br />
Essa crença é reforçada por sua entrada no consumo de massa.<br />
<br />
De fato, do ponto de vista simbólico, a classe média substitui a falta de poder econômico e de poder político seja pela guinada ao voluntarismo de esquerda, seja, à direita, pela busca do prestígio e dos signos de prestígio, como por exemplo, os diplomas e os títulos vindos das profissões liberais, e pelo consumo de serviços e objetos indicadores de autoridade, riqueza, abundância, ascensão social – a casa no “bairro nobre” com 4 suites, o carro importado, a roupa de marca, o número de serviçais, etc.. Em outras palavras, o consumo lhe aparece como ascensão social em direção à classe dominante e como distância intransponível entre ela e a classe trabalhadora. Esta, por sua vez, ao ter acesso ao consumo de massa tende a tomar esse imaginário por realidade e a aderir a ele.<br />
<br />
Donde uma nova pergunta: se, pelas condições atuais de sua formação, a nova classe trabalhadora brasileira está cercada por todos os lados pelos valores e símbolos neoliberais difundidos pela classe média, como desatar esse nó?<br />
<br />
Perspectivas?<br />
Se a política democrática corresponde a uma sociedade democrática (fundada na idéia de criação e consolidação de direitos, portanto, contra carências e privilégios) e se no Brasil a sociedade é autoritária, hierárquica, vertical, oligárquica, polarizada entre a carência e o privilégio, só será possível dar continuidade a uma política democrática enfrentando essa estrutura social. A idéia de inclusão social não é suficiente para derrubar essa polarização. Esta só pode ser enfrentada se o privilégio for enfrentado e este só será enfrentado por meio de quatro grandes ações políticas: a reforma tributária, que opere sobre a vergonhosa concentração da renda e faça o Estado passar da política de transferência de renda para a da distribuição e redistribuição da renda; a reforma política, que dê uma dimensão republicana às instituições públicas; a reforma social, que consolide o Estado do Bem-Estar Social como política do Estado e não apenas como programa de governo; e uma política de cidadania cultural capaz de desmontar o imaginário autoritário, quebrando o monopólio da classe dominante sobre a esfera dos bens simbólicos e sua difusão e conservação por meio da classe média.<br />
<br />
Mas a ação do Estado só pode ir até esse ponto. O restante para construção de uma sociedade democrática só pode ser a práxis da classe trabalhadora e por isso é fundamental que ela própria, como já o fez tantas outras vezes na história e tão claramente no Brasil, nos anos 1970-1990, encontre, em meio às adversidades impostas pelo modo de produção capitalista, caminhos novos de organização, crie suas formas de luta e de expressão autônoma, seja o sujeito de seu fazer.<br />
<br />
E, pelas primeiras análises sobre as manifestações de junho de 2013, isso ainda não é o caso.<br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Marilena Chaui é professora de Filosofia da USP e participa das reuniões do Grupo de Conjuntura da Fundação Perceu Abramo</span></b>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-51622334982185697082013-07-01T10:35:00.000-03:002013-07-01T10:35:39.976-03:00"Dilma é a minha candidata", diz Lula<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-r6u6ti_X2tk/UdGE-uxlUNI/AAAAAAAAAuM/YIwwsQ2RblI/s276/luladilma.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-r6u6ti_X2tk/UdGE-uxlUNI/AAAAAAAAAuM/YIwwsQ2RblI/s276/luladilma.jpg" /></a></div>
Em Adis Abeba, na África onde participou do encontro sobre segurança alimentar promovido pela <a href="https://www.fao.org.br/">Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)</a>, <a href="http://www.au.int/">União Africana</a> e Instituto Lula. O ex-presidente falou ao jornal <i><a href="http://www.valor.com.br/politica/3180172/dilma-e-minha-candidata-diz-lula">Valor Econômico</a></i> sobre o atual momento vivido no Brasil: "É normal que a sociedade esteja como um metamorfose ambulante, é bom para o Brasil", afirmou. Lula também descartou a possibilidade de ser candidato e defendeu a presidenta Dilma<br />
<br />
A seguir, a entrevista.<br />
<br />
<i>Valor: Como o senhor viu essas manifestações? O que levou as pessoas às ruas?</i><br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Luiz Inácio Lula da Silva</span></b> : Eu acho que no Brasil temos prefeitos, governadores, presidente da República... Eu sou um curioso nesse aspecto. A primeira coisa que eu acho é que toda vez que um povo se manifesta é sempre muito importante. Acho que democracia exige que o povo esteja sempre em movimento, em manifestação, sempre reivindicando alguma coisa. As reivindicações que o povo está fazendo, de melhoria de transporte, de saúde, de educação isso é próprio do processo de crescimento que o Brasil vem enfrentando. Se você analisar que em dez anos mais do que dobrou o número de universitários no Brasil e de alunos nas escolas técnicas, e que houve a evolução social de uma camada da sociedade, essas pessoas cada vez mais querem mais. É assim. Quando aconteceu a greve dos metalúrgicos em 1978 as pessoas se perguntavam por que os trabalhadores fizeram greve. Eu dizia: porque eles tinham aprendido a comer um bife e estavam tirando o bife deles! Começaram a brigar para não perder o bife! Na medida em que as pessoas tiveram uma evolução social, é normal que elas queiram mais coisa. De vez em quando as pessoas reclamam que os aeroportos estão cheios. É lógico que tem que estar cheio! Em 2007 você tinha 48 milhoes de passageiros voando de avião. Hoje você tem 101 milhões de passageiros. Obviamente que vai ter gente brigando. Você não tem [briga de passageiros] de ônibus, porque a quantidade de passageiros que andavam de ônibus em 2007 é a mesma de 2012. Na medida em que as pessoas vão evoluindo vão querendo mais. Eu acho importante. Eu acho que se as pessoas questionam custo da Copa as pessoas que organizaram, que contrataram tem que mostrar. Não tem nenhum problema fazer esse debate com a sociedade. E é fazendo o debate que você separa o joio do trigo. Quem quer realmente debater, está interessado em fazer coisa séria e aquilo que é justo. Nesse aspecto Dilma tem tido um comportamento importante. De entender o movimento, tentar dialogar com o movimento e construir as propostas possíveis. Se a gente tiver qualquer preocupação com o exercício da democracia é muito ruim.<br />
<br />
<i>Valor: O senhor se reuniu com Dilma e Haddad durante a crise. O que o senhor disse a eles? Faltou ouvir as ruas?</i><br />
<br />
<span style="color: #660000;"><b>Lula</b></span> : A coisa que o Haddad mais ouviu foi as ruas. Ele tinha acabado de sair de uma eleição. Primeiro ele ganhou as eleições por causa da proposta de transporte que fez para São Paulo, que era para novembro mas talvez ele antecipe, não sei se tem condições de antecipar (proposta do Bilhete Único Mensal). A propaganda do Haddad era o seguinte: da porta para dentro muita coisa melhorou nesse país, mas da porta para fora nada foi feito. E ele dizia que em São Paulo em oito anos não havia sido feito nenhum corredor de ônibus. Ninguém pode, em sã consciência, nem o prefeito, nem o vice-prefeito, nem um cidadão qualquer dizer que o transporte em São Paulo é de qualidade. O metrô era de qualidade quando andava pouca gente, quando tinha condição de sentar. Mas agora que você tem passageiro para três vagões andando em um vagão, vai piorando a qualidade. O que eu acho que pode acontecer no Brasil é as pessoas se convencerem que de quando em quando gente precisa refletir sobre o que está acontecendo, conversar com as pessoas e tentar construir aquilo que precisa ser construído. É por isso que elogiei o comportamento da Dilma nessas coisas. Ela humildemente foi conversar com todos os segmentos da sociedade. Não se recusou a conversar com nenhum.<br />
<br />
<i>Valor: Não demorou muito para fazer isso?</i><br />
<br />
<span style="color: #660000;"><b>Lula</b></span>: Não demorou. Ela conversou no momento certo. Não poderia ter conversado antes, para discutir qualquer movimentação. O que a gente tem que entender é o seguinte: a realidade no mundo é outra, o povo está mais exigente, está tendo cada vez mais acesso a informação. Hoje o povo não precisa esperar o jornal no dia seguinte, a televisão à noite. As pessoas estão acompanhando as coisas 24 horas por dia. As pessoas não estão mais lendo notícia. Estão fazendo notícia. Eu acho que essa coisa é que é interessante. Nesse momento só tem uma solução: é pensar, conversar e começar a colocar em prática coisas que sejam resultado das discussões com a sociedade.<br />
<br />
<i>Valor: O senhor concorda com essa proposta de plebiscito sobre reforma politica? O senhor ficou irritado com o fato de a presidente ter consultado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?</i><br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Lula</span></b>: Eu não posso fazer julgamento de acordo feito entre partidos políticos. Cada partido esteve representado com seu presidente e eles decidiram fazer o que tinham que fazer e vão colocar em prática. Não sei como é que vão colocar em prática, mas vão colocar. Nós temos o direito de conversar com quem bem entenda. Eu até agora não ouvir dizer que Dilma conversou com Fernando Henrique Cardoso. Ouvi setores da imprensa dizendo que ela conversou, o que ela não confirmou em nenhum momento. Mas conversar com FHC, com Sarney, com Collor, com Lula, é a coisa mais natural que um presidente tem que fazer. É conversar com as pessoas. É o seguinte: o Brasil vive um momento extraordinário de afirmação de sua democracia. Somos um país muito novo no exercício da democracia. Se você quiser pegar a eleição do Sarney como paradigma ou a aprovação da Constituição em 1988 temos 25 anos de democracia contínua. É o periodo mais longo. É normal que a sociedade esteja como uma metamorfose ambulante, se modificando a cada momento. É muito bom para o Brasil.<br />
<br />
<i>Valor: Mas não preocupa o abalo na popularidade da presidente, que caiu 30 pontos percentuais desde o inicio do mês?</i><br />
<br />
<span style="color: #660000;"><b>Lula</b></span>: Veja, querida, não me preocupa. Se tem um cidadão que já subiu e desceu em pesquisa fui eu. Em 1989 teve um dia no mês de junho que eu queria desistir de ser candidato porque eu tinha caído tanto que ia sair devendo para o Ibope (risos). Então eu cheguei a pensar em desistir porque não tem como eu pagar voto. Só tenho o meu. E depois com tantos figurões disputando a eleição fui eu que fui para o segundo turno. A Dilma é a mais importante candidata que nós temos, a melhor. Não tem ninguém igual a ela para ser candidata à Presidência da República. Portanto ela será a minha candidata.<br />
<br />
<i>Valor: O senhor volta em 2014?</i><br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Lula</span></b>: Não<br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Entrevista publicada pelo jornal Valor Econômico em 01/07/13</span></b>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-25665759454203220252013-06-15T12:23:00.001-03:002013-06-15T12:23:30.356-03:00POR QUE O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DESPERTA TANTO ÓDIO DE CLASSE?<br />
<span style="color: #660000;"><b>Fátima Oliveira</b></span><br />
<br />
Eu não tinha a dimensão do ódio de classe contra o Bolsa Família. Supunha que era apenas uma birra de conservadores contra o PT e quem criticava o Bolsa Família o fazia por rancor de classe a Lula, ou algo do gênero, jamais por ser contra pobre matar a sua fome com dinheiro público.<br />
<br />
Idiota ingenuidade a minha! A questão não é de autoria, mas de destinatário! Os críticos esquecem que a fome não é um problema pessoal de quem passa fome, mas um problema político. E Lula assumiu que o Brasil tem o dever de cuidar de sua gente quando ela não dá conta e enquanto não dá conta por si mesma. E Dilma honra o compromisso.<br />
<br />
Estou exausta de tanto ouvir que não há mais empregada doméstica, babá, “meninas pra criar”, braços para a lavoura e as lidas das fazendas que não são agronegócios... E que a culpa é do Bolsa Família! Conheço muita gente que está vendendo casas de campo, médias e pequenas propriedades rurais porque simplesmente não encontra “trabalhadores braçais” nem para capinar um pátio, quanto mais para manter a postos “um moleque de mandados”, como era o costume até há pouco tempo! E o fenômeno é creditado exclusivamente ao Bolsa Família.<br />
<br />
Esquecem a penetração massiva do capitalismo no campo que emprega, ainda que pagando uma “merreca”, com garantias trabalhistas, em serviços menos duros do que ficar 24 horas por dia à disposição dos “mandados” da casa-grande, que raramente “assina carteira”. Eis a verdade!<br />
<br />
Esquecem que a população rural no Brasil hoje é escassa. Dados do IBGE de setembro de 2012: a população residente rural é 15% da população total do país: 195,24 milhões. Não há muitos braços disponíveis no campo, muito menos sobrando e clamando por um prato de comida, gente disposta a alugar sua força de trabalho por qualquer tostão, num regime de quase escravidão, além do que há outras ocupações com salários e condições trabalhistas mais atraentes do que capinar, “trabalhar de aluguel”, que em geral nem dá para comprar o “dicumê”. Dados de 2009 já informavam que 44,7% dos moradores na zona rural auferiam renda de atividades não agrícolas!<br />
<br />
Basta juntar três pessoas de classe média que as críticas negativas ao Bolsa Família brotam como cogumelos. Após a boataria de 18 de maio, que o Bolsa Família seria extinto, esse assunto se tornou obrigatório. Fazem questão de ignorar que ele é o maior e mais importante programa antipobreza do mundo e foi copiado por 40 países – é uma “transferência condicional de renda” que objetiva combater a pobreza existente e quebrar o seu ciclo. Atualmente, ajuda 50 milhões de brasileiros: mais de 1/4 do povo! E investe apenas 0,8% do PIB! Sem tal dinheiro, mais de 1/4 da população brasileira ainda estaria passando fome!<br />
<br />
Mas há gente sem repertório humanitário, como as que escreveram dois tuítes que recebi: “Nunca vi tanta gente nutrida nas filas dos Caixas eletrônicos para receber o Bolsa Família, até parecia fila para fazer cirurgia bariátrica”; e “Eu também nunca havia visto tanta gente rechonchuda reunida para sugar a bolsa-voto!”.<br />
<br />
Como disse a minha personagem dona Lô: “Coisa de gente má que nunca soube o que é comer pastel de imaginação; quem pensa assim integra as hostes da campanha Cansei de Sustentar Vagabundo, que circulou nas eleições presidenciais de 2010”. São evidências de que há gente que não se importa e até gosta de viver num mundo em que, como escreveu Josué de Castro, em “Geografia da Fome” (1984): “Metade da humanidade não come e a outra não dorme com medo da que não come...”.<br />
<br />
<a href="http://leiturasmarona.blogspot.com.br/2013/06/por-que-o-programa-bolsa-familia.html">http://leiturasmarona.blogspot.com.br/2013/06/por-que-o-programa-bolsa-familia.html</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-46998581189140456972013-06-11T18:34:00.001-03:002013-06-11T18:34:21.417-03:00Lula, o reconhecimento internacional e as elites brasileiras<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-ynpoEa5DA0U/UbeXRZZoSFI/AAAAAAAAAt4/gLOKxs6Dk2I/s1600/newtonlima-plenario.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="183" src="http://1.bp.blogspot.com/-ynpoEa5DA0U/UbeXRZZoSFI/AAAAAAAAAt4/gLOKxs6Dk2I/s320/newtonlima-plenario.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: Times New Roman, serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">No texto abaixo, o deputado <span style="color: #cc0000;">Newton Lima (PT-SP)</span>, discorre sobre o reconhecimento internacional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já recebeu 55 honrarias desde que deixou o cargo, entre elas 24 títulos de doutor honoris causa. Ele cutuca a oposição brasileira por seus insistentes ataques a Lula, que </span><span style="line-height: 24px;">liderou um governo que em oito anos inverteu as prioridades nacionais e tirou 28 milhões de pessoas da miséria, possibilitou o ingresso de outros 39 milhões na classe média e criou 16 milhões de empregos formais. "Não por acaso, o historiador britânico Eric Hobsbawm, morto ano passado, disse que Lula é o mais importante político da atualidade", sublinha Neton Lima. </span></span></div>
<br />
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">"</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;">Conhecemos a saga de grandes estadistas, como
Mikhail Gorbatchóv, aclamados no mundo inteiro por feitos de alcance universal,
mas que acabaram rejeitados por seus próprios conterrâneos, incapazes de captar
a dimensão histórica das mudanças empreendidas. Já o Brasil teve líderes
políticos queridos pelo povo e vilipendiados pelas elites, como Getúlio Vargas
e João Goulart, e que por isso tiveram seus governos interrompidos. Mas nunca
ninguém como o ex-presidente Lula conseguiu, em seus mandatos e depois deles,
ter tanto apoio e reconhecimento internacional e, ao mesmo tempo, ser objeto de
tanto ódio e preconceito por parte de alguns setores da oposição.</span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;">Há dois dias o jornal <i>O Estado de S. Paulo </i>publicou
uma matéria revelando que, com os 11 últimos títulos de <i>Doctor Honoris Causa</i>
recebidos em menos de um mês, Lula passou a liderar a lista de homenagens a
ex-presidentes, com 55 honrarias: 24 títulos de <i>Doctor Honoris Causa</i> (11
brasileiros); 28 prêmios e cinco títulos de cidadania. A título de comparação,
o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acumulou 22 honrarias: nove títulos
de <i>Doctor Honoris Causa</i>; 11 prêmios e dois títulos de cidadania.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;">Na semana passada, Lula recebeu o título de <i>Doctor
Honoris Causa</i> da Universidad Mayor de San Marcos, em Lima (Peru), fundada
em 1551 e a mais antiga das Américas. O ex-presidente se emocionou por ter
recebido a honraria da mesma universidade que, no passado, homenageou os
libertadores Simón Bolívar e San Martí. E, no mês passado, Lula esteve na Argentina
para receber o mesmo título de nada menos que oito universidades daquele país,
entre elas a Universidad Nacional de San Martín e a Flacso (Facultad
Latino-americana de Ciencias Sociales). </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;">Entre os tantos títulos internacionais já recebidos
por Lula cabe aqui destacar o que foi entregue em Nova York em abril pelo
International Crisis Group, um <i>think tank</i> americano que concedeu ao
ex-presidente o prêmio <i>Em Busca da Paz</i>; e o que ele recebeu em outubro
de 2011, o <i>World Food Prize</i>, criado pelo Nobel da Paz de 1970 Norman E.
Bourlaug para homenagear chefes de Estado que combateram a fome. No mesmo ano,
ele também recebeu o Prêmio Lech Walesa em Gdansk (Polônia), que presta
homenagens a personalidades que se destacam pelo respaldo à liberdade, à
democracia e à cooperação internacional. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;">Mas talvez a honraria mais célebre e a que causou
maior polêmica tenha sido o <i>Doctor Honoris Causa</i>concedido ao
ex-metalúrgico pelo prestigioso Instituto de Estudos Políticos de Paris, mais
conhecido como <i>Sciences Po</i>, também em 2011. Lula foi apenas o 16º <i>Doctor
Honoris Causa</i> dessa universidade em 140 anos de existência. Pelos bancos da
<i>Sciences Po</i> se formaram o escritor Marcel Proust, o ex-presidente
Jacques Chirac; o ex-premiê Lionel Jospin e Pascal Lamy, ex-diretor da OMC,
entre outros. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;">À pergunta impertinente de alguns jornalistas
brasileiros sobre o porquê de Lula – e não Fernando Henrique Cardoso – ter
recebido semelhante distinção, o diretor do Instituto de Estudos Políticos
Richard Descoings, respondeu que o ex-presidente “mudou muito o país e,
radicalmente, mudou a imagem do Brasil no mundo”. Nas palavras do diretor, “o
Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula, e ele não tem estudo
superior. O presidente Lula mostrou que é possível ser um bom presidente sem
ter que passar pela universidade”.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;">Na oportunidade, o grande jornalista argentino
Martín Granovsky lavou a alma de Lula e do povo brasileiro ao escrever
ironicamente que no Brasil“um trabalhador metalúrgico não pode ser presidente.
Se, por alguma casualidade, chegou ao Planalto, agora deveria exercer o recato.
Assim, Lula, silêncio, por favor. Os da Casa Grande estão irritados”. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;">Além do apoio da maioria da população, esse amplo
reconhecimento internacional de Lula, feita por entidades tão díspares, deveria
levar a oposição mais intransigente à reflexão. Afinal, Lula liderou um governo
que em oito anos inverteu as prioridades nacionais e tirou 28 milhões de
pessoas da miséria, possibilitou o ingresso de outros 39 milhões na classe
média e criou 16 milhões de empregos formais. Não por acaso, o historiador
britânico Eric Hobsbawm, morto ano passado, disse que Lula é o mais importante
político da atualidade. "</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-2804076064075272292013-06-07T09:41:00.001-03:002013-06-07T09:41:50.063-03:00O BRASIL MERECE O ‘B’ NOS BRIC?<b><i><u><span style="color: #660000;">LEITURA ESSENCIAL</span></u></i></b><br />
<br />
<i>Neste texto, publicado no site da CNN, no dia 3/6, com o título O Brasil merece o ‘B’ nos BRIC? Anthony Pereira mostra que a economia brasileira tem o PIB per capita mais alto que China e Índia, e, com uma economia mais madura, não é de se estranhar que os índices crescem de forma mais lenta. E o mais importante, o país é muito menos vulnerável a choques externos do que costumava ser. A dívida pública como porcentagem do PIB caiu de 60% para 35% do PIB entre 2002 e 2012 e diferentemente da China e da Índia, o Brasil tem reduzido a desigualdade econômica nos últimos anos.</i><br />
<i><br /></i>
<b><span style="color: #660000;">Anthony Pereira*</span></b><br />
<b><span style="color: #660000;"><br /></span></b>
Quando o economista Jim O’Neill, da Goldman Sach’s, veio pela primeira vez ao Brasil depois de criar a sigla BRIC, alguém perguntou se ele havia incluído o “B” apenas para soar agradável. Esse ceticismo tem se tornado comum novamente, os investidores comparam a taxa de crescimento do Brasil, que este ano foi somente 3 %, e enquanto na China e na Índia está em torno de 8% e 6% respectivamente.<br />
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-N9wYblzkry4/UbHUpobUykI/AAAAAAAAAtY/IjIcTqkhVA0/s1600/brasil.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://3.bp.blogspot.com/-N9wYblzkry4/UbHUpobUykI/AAAAAAAAAtY/IjIcTqkhVA0/s320/brasil.jpg" width="320" /></a><br />
Então, o Brasil ainda merece ser visto como uma potência econômica? Muitos diriam que não. O Brasil cresceu menos de 1% em 2012, o menor crescimento entre os países do BRIC, que cresceram somente 2,7% em 2011. Os problemas são bem conhecidos. Poupam mais do que investem, sendo que 70% desse crescimento vem do consumo.<br />
<br />
O crédito tem crescido largamente nos últimos anos. Entretanto, as famílias têm se endividado, o que retarda o crescimento. Nos últimos dez anos, o Brasil tem se beneficiado do ‘boom’ das commodities, mas esse ‘boom’ desacelerou. O Brasil se tornou um país caro, com uma moeda forte, e ainda tem corroído a competividade da indústria.<br />
<br />
Dez anos atrás, aproximadamente 50% das exportações eram produtos manufaturados, hoje as proporções estão perto de 35%. A carga tributária é grande, em torno de 35% do PIB, especialmente em comparação com a qualidade de serviços que o estado oferece, e o governo gasta mais que o crescimento do PIB.<br />
<br />
A produtividade do Brasil cresceu apenas 1.3% entre 1990 e 2010, enquanto a China lidera com 8.3%, seguido pela Índia com 4.7% no mesmo período. E ainda existem outras preocupações. A inflação está indo além do teto prescrito pelo Banco Central, sendo de 6.5% ao ano. O déficit do balanço de pagamento tem crescido. A infraestrutura, como portos, estradas e aeroportos, é precária, e as tentativas de trazer o setor privado para modernização da infraestrutura não têm sido bem sucedidas. <br />
<br />
Energia elétrica cara, previdência pública mal financiada, e altas taxas de juros completam este quadro negativo. De acordo com alguns analistas, o principal pilar da economia brasileira vem sendo corroído.<br />
<br />
O sistema político parece incapaz de responder a tais desafios. A burocracia da máquina pública é complicada e antiquada; a corrupção é recorrente entre os políticos, uma oposição eficiente e um debate sobre as políticas atuais são quase inexistentes.<br />
<br />
O governo atual tem planejado a reeleição da presidente Dilma Rousseff, que será em 2014, e ainda existe o perigo dos ajustes necessários serem adiados fazendo com que a situação fique pior.<br />
<br />
Deveríamos, então, tratar de RIC ao em vez dos países do BRIC? Não necessariamente. Existem três razões principais para dizer que o Brasil não deveria estar fora como um ator econômico global.<br />
<br />
A primeira tem a ver com os fundamentos da economia que são frequentemente ignorados por investidores de curto prazo. A economia brasileira tem o PIB per capita mais alto que China e Índia, e, com uma economia mais madura, não é de se estranhar que os índices crescem de forma mais lenta.<br />
<br />
E o mais importante, o país é muito menos vulnerável a choques externos do que costumava ser. A dívida pública como porcentagem do PIB caiu de 60% para 35% do PIB entre 2002 e 2012. As reservas internacionais agora são US$ 377 bilhões. O Brasil atraiu cerca de US$ 62 bilhões em investimento direto estrangeiro em 2012, fazendo com que seja o maior receptor de IDE no mundo depois da China e dos Estados Unidos.<br />
<br />
Todos esses fatores são as razões para se ter confiança na capacidade na economia brasileira para que continue a avançar de forma constante e espetacular.<br />
<br />
Em segundo lugar, o Brasil possui certos atributos invejáveis. Existem poucas ameaças à sua segurança, o que significa que não é preciso gastar tanto com a segurança nacional. Brasil está sozinho diante dos países do BRIC com relação à não produção de armas nucleares. O Brasil tem uma terra generosa em relação ao seu povo, com uma larga bacia de recursos naturais, incluindo petróleo, para a sua população que é relativamente pequena (200 milhões) comparada à China e Índia. Possui um grande potencial no setor agrícola, mas que ainda não foi alcançado. Como o maior produtor de soja e carne bovina do mundo, tem a capacidade de adaptação das safras em solos tropicais e de desenvolver a sua vasta fronteira terrestre.<br />
<br />
Além disso, o Brasil está se tornando um líder ambiental. O gerenciamento da floresta Amazônica é crucial para a saúde do planeta, e essa é a razão pela qual a grande redução do índice de desmatamento tem sido encorajada. Possui a maior reserva de água potável do mundo. Quase metade da fonte de energia vem de recursos renováveis, maior parte vem de hidrelétricas, mas também de biocombustíveis.<br />
<br />
Existe um terceiro e último fator que faz o Brasil se destacar. Juntamente com a Rússia, diferentemente da China e da Índia, o Brasil tem reduzido a desigualdade econômica nos últimos anos. O índice de ‘Gini’, que mede a desigualdade de renda, caiu de 0.63 para 0.52 de 1989 até 2009.<br />
<br />
Entre 2003 e 2011, aproximadamente 30 milhões de brasileiros se juntaram à chamada “nova classe média”, recebendo entre 100 libras e 400 libras per capita por mês, ganharam acesso ao emprego formal, e ainda acesso a crédito. O Brasil possui um grande mercado consumidor.<br />
<br />
Essa redução da desigualdade tem um componente racial, o motivo seria que 75% da nova classe média são ‘não brancos’. E também tem componente de gênero: nos últimos vinte anos o emprego formal para mulher cresceu 136%.<br />
<br />
É verdade que os índices econômicos do Brasil têm crescido lentamente se comparado a China e a Índia. Mas os índices também são lentos na maioria dos países. O Brasil tende a ser foco de análises exageradas da economia.<br />
<br />
Se olharmos além da preocupação superficial do crescimento do Brasil e seus fundamentos econômicos, os seus recursos, e o progresso social extraordinário que o país tem feito nas últimas décadas, parece prematuro remover o "B" do BRIC.<br />
<br />
<a href="http://edition.cnn.com/2013/06/03/business/opinion-pereira-brazil-bric-economies/index.html?iid=article_sidebar">http://edition.cnn.com/2013/06/03/business/opinion-pereira-brazil-bric-economies/index.html?iid=article_sidebar</a><br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Anthony Pereira* é professor e diretor do Instituto Brasileiro na King’s College London (texto publicado no site da CNN em 03/06/13)</span></b>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-44132257646463138292013-06-07T09:25:00.000-03:002013-06-07T09:25:41.423-03:00A BANALIDADE DE “NÃO SEJA MAU”<b><i><u><span style="color: #660000;">LEITURA ESSENCIAL</span></u></i></b><br />
<b><span style="color: #660000;"><br /></span></b>
<i>O texto abaixo,em tradução não oficial, é de Julian Assenge, criador do WikiLeaks, publicado no New York Times de sexta-feira (02/06), trata do livro The new digital age, de Eric Schmidt e Jared Cohen. Schmidt é o diretor-executivo do Google, e Cohen, ex-assessor de Condoleeza Rice e Hillary Clinton, é diretor de sua Divisão de Ideias. Ambos, segundo Assange, criaram um novo idioma para o poder global dos Estados Unidos no século 21. De forma clara, anunciam que a sua empresa terá uma posição chave na consolidação do imperialismo tecnocrático norte-americano no mundo. “O texto é conciso, o estilo, coloquial — e o conteúdo, banal”, resume Assange.</i><br />
<br />
<i>O que preocupa Assange é outra coisa: a íntima associação entre o Google — nascido da ideia visionária e libertária de jovens do Vale do Silício — e o Departamento de Estado. Como registra o criador do WikiLeaks, os maiores elogios ao livro partiram dos falcões imperialistas, como Henry Kissinger, Tony Blair e Michael Hayden, ex-diretor da CIA. Assange – conforme lembrou o jornalista Mauro Santayana - aponta que o livro dos dirigentes do Google repete os tabus e interesses do Departamento de Estado. Seus autores, conforme o criador do WikiLeaks, desdenham o avanço democrático na América Latina — obtido com o fim das oligarquias e a queda de alguns dirigentes submissos aos Estados Unidos — e se referem a seus líderes como “envelhecidos”.</i><br />
<i><br /></i>
<b><span style="color: #660000;">Julian Assenge* </span></b><br />
<b><span style="color: #660000;"><br /></span></b>
“A Nova Era Digital” é um surpreendentemente claro e provocativo protótipo para o imperialismo tecnocrático, de dois de seus principais feiticeiros, Eric Schmidt e Jared Cohen, que constroem um novo idioma para o poder global dos Estados Unidos no século XXI. Esse idioma reflete a cada vez mais próxima união entre o Departamento de Estado e o Vale do Silício, como personificado pelo Sr. Schmidt, o diretor executivo da Google, e o Sr. Cohen, um antigo conselheiro de Condoleezza Rice e Hillary Clinton que agora é diretor da Google Idéias.<br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-PA9O8SOqeqA/UbHQ8m5cezI/AAAAAAAAAtI/A3jkaeg02F8/s1600/banal.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="243" src="http://4.bp.blogspot.com/-PA9O8SOqeqA/UbHQ8m5cezI/AAAAAAAAAtI/A3jkaeg02F8/s320/banal.jpg" width="320" /></a><br />
Os autores se encontraram em Bagdá, ocupada em 2009, quando o livro foi concebido. Espreitando pelas ruínas, ambos se entusiasmaram com a tecnologia de consumo que estava transformando uma sociedade comprimida pela ocupação militar dos EUA. Eles decidiram que a indústria tecnológica poderia ser um poderoso agente da política externa norte-americana.<br />
<br />
O livro propagandeia o papel da tecnologia em remodelar os povos e nações do mundo ao gosto do superpoder dominante, queiram eles ser remodelados ou não. A prosa é concisa, o argumento confiante e a sabedoria – banal. Mas este não é um livro feito para ser lido. É uma grande declaração planejada para gerar alianças.<br />
<br />
“A Nova Era Digital” é, além de qualquer coisa, uma tentativa do Google para se posicionar como o visionário geopolítico da América – aquela empresa que pode responder à pergunta “Onde a América deve ir?” Não surpreende que um número respeitável dos mais famosos cães de guerra mundiais foram convocados para dar seus selos de aprovação a este subterfúgio do “poder brando” ocidental. Os reconhecimentos dão prioridade para Henry Kissinger, que junto com Tony Blair e o antigo diretor da CIA Michael Hayden concederam elogios prévios para o livro.<br />
<br />
No livro os autores tomam o fardo do nerd branco com alegria. Uma pitada liberal de bons negros, convenientes e hipotéticos, aparece: pescadoras congolesas, designers gráficos em Botswana, ativistas anticorrupção em São Salvador e pastores analfabetos no Serengueti são todos obedientemente invocados para demonstrar as propriedades progressivas dos telefones Google articulados na cadeia informacional do império do Ocidente.<br />
<br />
Os autores oferecem uma versão profissionalmente banalizada do mundo do amanhã: os aparatos tecnológicos de décadas adiante são previstos como a serem bastante como o que temos hoje – só que mais estilosos. O “progresso” é gerado pela difusão inexorável da tecnologia de consumo americana sobre a superfície da Terra. Todos os dias já há uma ativação de um milhão ou mais de aparelhos móveis que funcionam via Google. A empresa irá se introduzir – e por consequência o governo dos Estados Unidos – entre as comunicações de cada ser humano que não está na China (China malandra).<br />
<br />
Mercadorias apenas se tornam mais atraentes; jovens profissionais urbanos dormem, trabalham e fazem compras com mais facilidade e conforto; democracia é diabolicamente subvertida por tecnologias de vigilância, e o controle é entusiasticamente renomeado como “participação”; e nossa presente ordem mundial de dominação sistematizada, intimidação e opressão continua, encoberta, ilesa ou apenas suavemente perturbada.<br />
<br />
Os autores são duros quanto ao triunfo dos Egípcios em 2011. Eles dispensaram a intimidada juventude egípcia, afirmando que “a confusão nos protestos e a arrogância dos jovens é universal”. Grupos que são inspirados virtualmente levam a uma revolução “fácil de começar”, mas “difícil de acabar”. Por causa da abstenção de líderes fortes, o resultado, o Sr. Kissinger diz aos autores, são coalizões de governantes que derrocam em autocracias. Eles dizem que “não haverá mais primaveras” (mas a China está nessa corrente).<br />
<br />
Os autores fantasiam sobre o futuro dos grupos revolucionários com “bons recursos”. Um novo “grupo de consultores” irá “usar dados para construir e harmonizar uma figura política”.<br />
<br />
No discurso “dele” (o futuro não é tão diferente) a fala e a escrita serão alimentadas “através de complexos recursos de extração e grupos de software de análise de tendências” enquanto “mapeando o funcionamento cerebral,” e outros “diagnósticos sofisticados” serão usados para “avaliar os pontos fracos do seu repertório político”.<br />
<br />
O livro espelha tabus institucionais e obsessões do Departamento de Estado. Isso evita uma crítica significativa de Israel e da Arábia Saudita. Ele pretende, extraordinariamente, que o movimento de soberania latino-americano, que libertou tantos de ditaduras e plutocracias apoiadas pelos EUA nos últimos 30 anos, nunca aconteceu. Referindo-se à região como o lugar dos “líderes envelhecidos”, o livro não consegue ver a América Latina por Cuba. E, claro, o livro aborda teatralmente os favoritos bichos papões de Washington: a Coréia do Norte e o Irã.<br />
<br />
Google, que começou como uma expressão da cultura californiana de estudantes de graduação - uma cultura decente, humana e divertida — se vendeu, ao encontrar o mundo grande e mau, para os elementos tradicionais de poder em Washington, do Departamento de Estado à Agência de Segurança Nacional.<br />
<br />
Apesar de representar uma fração infinitesimal das mortes violentas no mundo, o terrorismo é uma marca favorita nos círculos políticos dos Estados Unidos. Este é um fetiche que também deve ser atendido, e então "O Futuro do Terrorismo" recebe mais um capítulo. O futuro do terrorismo, aprendemos, é o “cyberterrorismo”. A sessão de indulgente alarmismo segue, incluindo um cenário de filme-catástrofe, de tirar o fôlego, onde “cyberterroristas” assumem o controle do sistema americano de controle de tráfego aéreo, colidem aviões em edifícios, fecham as redes de energia e fazem lançamento de armas nucleares. Os autores então atacam ativistas que se engajam e práticas digitais com a mesma arma.<br />
<br />
Eu tenho uma perspectiva muito diferente. O avanço da tecnologia da informação sintetizada pelo Google anuncia a morte da privacidade para a maioria das pessoas e muda o mundo na direção do autoritarismo. Esta é a principal tese do meu livro, “Cypherpunks.”. Mas enquanto o Sr. Schmidt e o Sr. Cohen nos dizem que a morte da privacidade vai ajudar os governos nas "autocracias repressivas" em "alvejar os seus cidadãos", eles também dizem que os governos nas democracias “abertas” irão vê-la como “um dom” que lhes permite “responder melhor aos cidadãos e às preocupações dos clientes”. Na realidade, a invasão da privacidade individual no Ocidente e a centralização de poder fazem dos abusos algo inevitável, movendo as “boas” sociedades para perto das "ruins".<br />
<br />
A seção sobre "autocracias repressivas" descreve, com desaprovação, várias medidas de vigilância repressivas: legislação que insere porta dos fundos em softwares para permitir espionar os cidadãos; o monitoramento das redes sociais e coleta de informações sobre populações inteiras. Tudo isso já está em uso difundido nos Estados Unidos. Na verdade, algumas dessas medidas - como o incentivo para exigir que cada perfil das redes sociais esteja ligado ao nome real - foram liderados pelo próprio Google.<br />
<br />
Está tudo escrito nas paredes, mas os autores não conseguem ver isso. Eles emprestam as ideias de William Dobson de que os meios de comunicação, em uma autocracia, “permitem uma imprensa de oposição, na medida em que os opositores do regime entendem onde os limites tácitos estão.” Entretanto, essas tendências estão começando a surgir nos Estados Unidos. Ninguém duvida dos efeitos surpreendentes das investigações sobre a Associated Press e James Rosen, da Fox. Mas houve pouca análise no papel do Google no cumprimento da intimação de Rosen. Tenho experiência pessoal sobre essas tendências.<br />
<br />
O Departamento de Justiça admitiu em março que estava no terceiro ano de investigação criminal do WikiLeaks. Testemunhos em tribunal afirmaram que os alvos incluem "os fundadores, proprietários ou gerentes de WikiLeaks". Uma suposta fonte, Bradley Manning, irá enfrentar um julgamento de 12 semanas a partir de amanhã, com 24 testemunhas de acusação que se espera deporem em segredo.<br />
<br />
O livro é um trabalho “maléfico” que nem o autor tem a linguagem para ver, muito menos para expressar, o titânico mal centralizador que eles estão construindo. “O que Lockheed Martin foi para o século XX”, nos dizem, “empresas de tecnologia e cybersegurança serão para o XXI.” Sem sequer compreender como, eles atualizaram e consistentemente implementaram a profecia de George Orwell. Se você quer uma visão do futuro, imagine Óculos Google apoiados por Washington enlaçados em faces humanas disponíveis – para sempre. Guardiões do culto da cultura de tecnologia de consumo irão encontrar pouca coisa a inspirá-los aqui, não que eles alguma vez pareçam precisar. Mas isto é leitura essencial para qualquer um pego na luta pelo futuro, tendo em mente um imperativo simples: Conheça seu inimigo.<br />
<br />
<a href="http://www.nytimes.com/2013/06/02/opinion/sunday/the-banality-of-googles-dont-be-evil.html?_r=0">http://www.nytimes.com/2013/06/02/opinion/sunday/the-banality-of-googles-dont-be-evil.html?_r=0</a><br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Julian Assenge* é </span></b><b><span style="color: #660000;">criador do WikiLeaks (texto publicado no New York Times em 02/06/13</span></b>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-79317184545988631422013-05-28T12:46:00.000-03:002013-05-28T12:46:40.013-03:00Aliança do Factoide<br />
<br />
<i>Alguns órgãos da mídia conservadora brasileira têm comemorado o encaminhamento do México, da Colômbia, do Chile e do Peru para a formação de um bloco de livre comércio, em contraposição ao Mercosul para avançar no comércio internacional. Para o assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o tema " não nos tira o sono”, nem do Brasil, nem do Mercosul. O artigo abaixo, de Marcelo Zero, esclarece a questão.</i><br />
<br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Marcelo Zero</span></b><br />
<br />
Os conservadores brasileiros têm um novo fetiche: a Aliança do Pacífico. Trata-se um novo bloco econômico comercial que pretende agregar, numa área de livre comércio, Chile, Peru, Colômbia, México e Costa Rica.<br />
<br />
Conforme as notícias que lemos na grande imprensa, a Aliança do Pacífico foi criada para servir de contrapeso ao Mercosul, um bloco de economias “estatizadas” e “pouco dinâmicas”, que rejeitam as benesses do livre-comércio. Ainda de acordo com nossos determinados paleoliberais, que persistem em suas crenças panglossianas mesmo após a crise do capitalismo desregulado, o futuro pertence à Aliança, ao passo que ao Mercosul caberia o atraso, a estagnação e o isolamento.<br />
<br />
Bom, em primeiro lugar, é preciso observar que qualquer bloco econômico da América do Sul ou da América Latina que não inclua o Brasil não terá maior relevância regional. O Brasil é a sexta economia mundial e o Mercosul, em seu conjunto, já representa a quarta economia mundial, à frente de gigantes como Alemanha e Japão. Em contrapartida, o México, a grande economia da Aliança do Pacífico, é a décima quarta economia do mundo (dados de 2011) e a Aliança como um todo representaria a novena economia do planeta. Ademais, nenhum país da Aliança chega perto do peso demográfico, geográfico e geopolítico que o Brasil tem hoje no mundo.<br />
<br />
Alguns argumentam que a Aliança exporta mais que o Mercosul. É verdade. Em razão das grandes exportações do México, fruto essencialmente da sua participação no NAFTA, esse bloco efetivamente exporta mais. Porém, esses defensores da Aliança não mencionam que a balança comercial do México é deficitária. Entre 2002 e 2011, segundo dados da ALADI, o México acumulou cerca de US$ 72 bilhões de déficit em sua balança comercial. Não é muito, se levarmos em consideração o volume da corrente de comércio mexicana, mas é algo significativo. Em contraste, o Brasil acumulou, no mesmo período, um superávit de US$ 303 bilhões, que muito contribuiu para a superação da vulnerabilidade externa de nossa economia.<br />
<br />
Em segundo lugar, o Brasil e o Mercosul já têm livre comércio ou comércio bastante facilitado com todos os países da América do Sul que aderiram à Aliança do Pacífico. Em alguns casos, há muito tempo. O Chile, por exemplo, formalizou sua associação à área de livre comércio do Mercosul já em 1996, com a assinatura do Acordo de Complementação Econômica Mercosul-Chile (ACE Nº35). O Peru, por sua vez, aderiu à zona de livre comércio do Mercosul em 2003, com a assinatura do Acordo de Complementação Econômica Mercosul-Peru (ACE Nº 58/03). E a Colômbia, junto com Equador e Venezuela, tornou-se membro associado do Mercosul em 2004, mediante a assinatura do Acordo de Complementação Econômica Mercosul-Colômbia, Equador e Venezuela (ACE Nº 59/04).<br />
<br />
Ou seja, todos esses países da Aliança, e mais todos os demais países da América do Sul (à exceção de Guina e Suriname), já fazem parte, em maior ou menor grau, da zona de livre comércio do Mercosul. A única grande diferença, em relação aos membros plenos do bloco (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela), é que eles não fazem parte da união aduaneira do Mercosul e nem participam de suas instituições políticas.<br />
<br />
Como resultado dessa integração, as exportações do Brasil para essas nações aumentaram exponencialmente. Para a Colômbia, as exportações brasileiras aumentaram de US$ 638 milhões, em 2002, para US$ 2,83 bilhões, em 2012. Em relação ao Peru, nossas exportações subiram de apenas US$ 438 milhões para US$ 2,4 bilhões, no mesmo período. No que tange ao Chile, as exportações brasileiras aumentaram de US$ 1,4 bilhão, em 2002, para US$ 5,4 bilhões, em 2011. Diga-se de passagem, o Brasil tem alentados superávits com todos esses países.<br />
<br />
Além disso, esses países da América do Sul que participam da Aliança do Pacífico já têm, por forças desses acordos citados e dos acordos firmados no âmbito da Comunidade Andina, livre comércio entre si. Portanto, a única novidade da Aliança é a proposta de livre comércio entre esses países e o México. Nesse sentido, a Aliança do Pacífico nada mais é, pelo menos por enquanto, do que um acordo de livre comércio entre o México e alguns países remanescentes da Comunidade Andina, já que Equador, Bolívia e Venezuela não pretendem aderir. Não se pense, aliás, que a Aliança do Pacífico vai conseguir acesso facilitado ao mercado norte-americano. Qualquer acordo com os EUA terá de passar pelo crivo draconiano do Congresso norte-americano, que exigirá, dos países da Aliança, bem mais do que livre comércio.<br />
<br />
Much ado about nothing, diria o dramaturgo de Stratford-upon-Avon.<br />
<br />
Em relação ao México, o Brasil firmou o Acordo de Complementação Econômica nº 53, ainda em 2002. Tal acordo, embora menos ambicioso que os demais citados aqui, estabeleceu preferências tarifárias em cerca de 800 itens da pauta exportadora. Ademais, o Brasil e o México firmaram, também em 2002, o Acordo de Complementação Econômica nº 55/02, destinado unicamente a estabelecer um maior intercâmbio comercial de automóveis.<br />
<br />
Por conseguinte, a Aliança do Pacífico não tem nenhum impacto significativo sobre a realidade econômico-comercial da América do Sul e América Latina. E nem sobre o Brasil e o Mercosul. A não ser que os demais países da região abandonem o Mercosul, coisa altamente improvável, ela não representa ameaça real ao Brasil e ao autêntico processo de integração. Seu impacto maior é apenas político-ideológico: ela representa simbolicamente a aposta estratégica e incondicional no livre-cambismo, como solução mágica para os problemas econômicos e sociais de nossa região. Com a crise do capitalismo desregulado, essa pauta já deveria estar definitivamente enterrada, mas, como a fênix, ela ressurge teimosamente das suas próprias cinzas para enganar os incautos.<br />
<br />
Relativamente a esse assunto, é interessante cotejar a experiência recente do México com a do Brasil.<br />
<br />
O México, além de aderir ao acordo inteiramente assimétrico do NAFTA, já em 1992, firmou nada menos que 32 acordos de livre comércio. Trata-se do país campeão em livre comércio, o que mais celebrou acordos desse tipo em todo o mundo.<br />
<br />
Se os teóricos do livre-cambismo estivessem certos, o México seria a economia mais dinâmica e inovadora do mundo. Contudo, os resultados efetivos são, para dizer o mínimo, duvidosos.<br />
<br />
Após um período inicial de euforia com os novos investimentos norte-americanos e com o grande aumento do seu comércio internacional, principalmente com a criação de empresas “maquiladoras” na fronteira com os EUA, os inevitáveis efeitos negativos da integração tão assimétrica com a maior economia mundial se tornaram cada vez mais evidentes.<br />
<br />
No campo industrial, houve grande esfacelamento da estrutura produtiva nacional. Muitas empresas mexicanas não conseguiram sobreviver à concorrência da produção industrial dos EUA. E as que conseguiram foram, em boa parte, compradas a baixos preços por grupos econômicos norte-americanos. Isso aconteceu de modo especialmente intenso na outrora pujante indústria têxtil mexicana, que passou a orbitar a cadeia produtiva dos EUA.<br />
<br />
Na área agrícola, houve a geração de notável insegurança alimentar. O México, que era exportador de grãos, no período pré-Nafta, passou a importá-los dos EUA em sua quase de totalidade. Tal processo de destruição das culturas agrícolas se deu inclusive no que tange ao milho, base da alimentação e culinária mexicanas. Hoje em dia, o milho utilizado no México é quase todo colhido nos EUA, que subsidia fortemente a sua produção. Embora a agricultura mais moderna e irrigada tenha sobrevivido, a agricultura familiar foi muito afetada.<br />
<br />
Ademais, houve fragilização da proteção jurídica ao meio ambiente e “precarização” das relações trabalhistas, em virtude dos privilégios concedidos aos investidores norte-americanos, no capítulo sobre investimentos do Nafta.<br />
<br />
A consequência mais relevante foi, contudo, o aumento das desigualdades regionais e sociais no México. Houve poucos “ganhadores” mexicanos com a integração aos EUA e com os demais acordos de livre comércio, concentrados principalmente no Norte do país. As demais regiões, principalmente a região Sul do México, e a grande massa dos trabalhadores urbanos e rurais mexicanos não se beneficiaram na mesma medida, como se esperava. Na realidade, ocorreu significativo incremento das assimetrias regionais e sociais, impulsionado pelos efeitos econômicos desagregadores e destruidores da integração aos EUA.<br />
<br />
Estudo feito pelo Banco Mundial, em 2007, intitulado Lessons from NAFTA for Latin America and the Caribbean Countries: A Summary of Research Findings (lições do NAFTA para os países da América Latina e do Caribe: resumo das conclusões da pesquisa), mostrou cabalmente que os efeitos da inserção internacional do México, ao longo do Nafta, foram significativamente regressivos. <br />
<br />
Ademais, a economia mexicana tornou-se ainda mais dependente da economia dos EUA, dependência que não foi revertida com assinatura dos demais acordos de livre comércio. Com a crise, que afetou profundamente a economia norte-americana, o México praticamente não cresceu, em 2008, e, em 2009, seu PIB caiu quase 7%.<br />
<br />
Nos primeiros 10 anos deste século, o PIB per capita (PPP) do México cresceu apenas 12%, bem abaixo do que cresceu o do Brasil (28%). Na realidade, o México só superou, nesse cômputo, a frágil Guatemala, o país que menos cresceu em toda a América Latina, com base nesse parâmetro específico. O recente crescimento do México, obtido graças, essencialmente, ao afluxo de capitais especulativos, não muda esse quadro estrutural.<br />
<br />
Quanto aos imensos investimentos que o México esperava receber, em razão de suas concessões incondicionais ao livre-comércio, eles se dirigiram em volume incomensuravelmente maior para a China, uma economia bastante “estatizada”, porém extremamente dinâmica.<br />
<br />
No que se refere à inovação tecnológica, o México, como reconhece a própria Academia Mexicana de Ciências (AMC), é um dos países mais atrasados do mundo. Para se ter uma ideia, as universidades chinesas conseguiram, em 2011, o reconhecimento de cerca de 35 mil patentes. As universidades mexicanas requereram apenas 70 e, desse total, somente 35 foram reconhecidas. Para quem pensava que a abertura da economia levaria automaticamente ao desenvolvimento tecnológico, o México é um gritante contraexemplo. Maquiladoras não geram inovação.<br />
<br />
No Brasil, em contraste, a estratégia de inserção econômica no cenário mundial produziu resultados altamente progressivos. De fato, o Brasil adotou uma estratégia de inserção inversa à do México e a de outros países da região. A partir do governo Lula, o nosso país rejeitou claramente a proposta da ALCA ampla norte-americana, que continha cláusulas idênticas às do Nafta, e apostou na integração regional, via Mercosul e Unasul, na grande diversificação de suas parcerias estratégicas, especialmente com os demais BRICs, e na articulação geopolítica Sul-Sul, sem descuidar, porém, de suas boas relações com os países mais desenvolvidos.<br />
<br />
O grande aumento das nossas exportações e os alentados superávits comerciais que tal estratégia proporcionou foram decisivos para reduzir substancialmente a nossa vulnerabilidade externa, zerar a dívida externa brasileira e criar um quadro econômico propício à redução das taxas de juros e à retomada do crescimento. Além disso, tal estratégia aumentou significativamente nosso protagonismo internacional e nossa autonomia político-diplomática. O resultado mais eloquente dessa inserção internacional, associada ao modelo de desenvolvimento brasileiro, tange ao fato de que, no Brasil, a maioria da população foi beneficiada.<br />
<br />
Assim, ao contrário do México e de outros países da região, o Brasil é hoje ator mundial de primeira linha, que consegue articular exitosamente os interesses regionais e os anseios dos países em desenvolvimento em todos os foros internacionais relevantes. O nosso país fez a escolha estratégica acertada e soube aproveitar pragmaticamente as mudanças na ordem geoeconômica mundial, que deslocaram o centro dinâmico da economia internacional para os países emergentes. Já os países que apostaram na integração assimétrica aos EUA e às demais grandes economias internacionais não colheram, em geral, os frutos apregoados pelo ideário paleoliberal e se tornaram mais vulneráveis à crise mundial, que vem afetando mais intensamente as economias da Tríade (EUA, União Europeia e Japão). <br />
<br />
A tendência, diga-se de passagem, é que os países emergentes continuem a apresentar maior dinamismo, o que recomenda o prosseguimento dessa estratégia exitosa, que nos transformou num autêntico global player, com uma corrente de comércio bastante diversificada.<br />
<br />
A Aliança do Pacífico, o novo modismo do livre-cambismo regional, não passa, por conseguinte, de uma miragem paleoliberal.<br />
<br />
Uma mistura de ideologia com fatos mal-assimilados. Uma Aliança do Factoide.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-74119649925319989762013-05-14T13:43:00.000-03:002013-05-14T13:43:19.386-03:00Lider José Guimarães: Bancada do PT está 100% empenhada em aprovar MP dos Portos<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-1R5Qd2KRJoU/UZJpJGDcclI/AAAAAAAAAs0/3tK4oIVU-YU/s1600/guimar%25C3%25A3es.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-1R5Qd2KRJoU/UZJpJGDcclI/AAAAAAAAAs0/3tK4oIVU-YU/s1600/guimar%25C3%25A3es.jpg" /></a></div>
<div align="center" style="background: white; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 20.0pt; text-transform: uppercase;"><br /></span></b></div>
<div align="center" style="background: white; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 20.0pt; text-transform: uppercase;">NOTA À IMPRENSA<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="background: white; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">A
Bancada do PT na Câmara reafirma seu compromisso com a votação da Medida
Provisória 595/12 (MP dos Portos) e o apoio ao projeto de lei de
conversão (PLV) do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), aprovado pela Comissão
Mista que analisou a matéria. O PLV incorpora contribuições importantes dos
integrantes do Congresso Nacional, a partir do amplo diálogo encetado com o
Governo, empresários e trabalhadores. Estamos convictos de que os
aperfeiçoamentos na MP 595 irão contribuir para modernizar o sistema portuário
brasileiro e atendem plenamente os interesses nacionais.</span><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Ao
longo de todo o processo de análise da matéria, a Bancada contou com o
apoio de sua assessoria técnica, que levantou diversos aspectos
relacionados ao novo marco regulatório para o setor portuário. Os assessores
dissecaram o assunto, levantando todas as possibilidades e opções, para balizar
o posicionamento dos parlamentares da Bancada, como lhes cabe fazer. </span><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Em
relação a notícias divulgadas na imprensa sobre nota técnica de assessor da
Bancada, cabe esclarecer que se trata de estudo <b>preliminar, não
definitivo, </b>tanto que não consta no parecer oficial apresentado em
plenário para os integrantes da Bancada do Partido dos Trabalhadores.
A nota reflete a análise inicial de um assessor e, além disso, os
pareceres dos assessores, em qualquer assunto, não são necessariamente acatados
pelo Líder ou pela Bancada.</span><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">A
Bancada do PT, coesa e fiel aos interesses nacionais, está cem por cento empenhada
em construir amplo entendimento em torno do PLV do senador Eduardo Braga
aprovado na Comissão Especial. </span><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: center;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Brasília, 14 de maio de 2013</span><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: center;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">José Guimarães-PT/CE</span><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: center;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Líder da Bancada na Câmara</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.5pt;"><o:p></o:p></span><br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-9201649283106893032013-05-13T17:10:00.000-03:002013-05-13T17:10:29.646-03:00Professor: a essência da educação<br />
<b><span style="color: #660000;">Artur Bruno </span></b><br />
<br />
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-OyrSRW3VGSM/UZFIikFiqVI/AAAAAAAAAsk/yEkS-DF8Kc4/s1600/Artur_Bruno.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-OyrSRW3VGSM/UZFIikFiqVI/AAAAAAAAAsk/yEkS-DF8Kc4/s1600/Artur_Bruno.jpg" /></a>Um bom professor a gente nunca esquece. É nele que está a chave para melhorarmos efetivamente a educação do nosso País. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff foi enfática ao reafirmar que os recursos dos royalties e participações especiais do petróleo, além dos rendimentos do Fundo Social do Pré-sal, são essenciais para promover uma revolução nesse setor.<br />
<br />
Na década de 1960, a renda per capita da Coreia do Sul era metade da do Brasil. Hoje ela é o dobro por conta de investimentos na área educacional. Apesar de sermos a sexta economia mundial entre 195 países, amargamos a 88ª posição em qualidade de educação, de acordo com a Unesco. Segundo o Movimento Todos pela Educação, os alunos terminam o ensino médio sabendo apenas 10% do que deveriam ter aprendido em Matemática e somente 29% em Português.<br />
<br />
O professor é um elemento central nessa revolução educacional. No entanto, há necessidades a serem superadas: esses profissionais precisam de melhoria salarial, atrativos planos de cargos e carreiras e formação continuada para que o ensino tenha, de fato, qualidade.<br />
<br />
Não podemos negar que houve avanços nos últimos dez anos. Antes da Lei do Piso, havia municípios que não chegavam a pagar nem um salário mínimo aos seus docentes. Agora nenhum deles deve ganhar menos do que R$ 1.567. Entretanto, há um longo caminho a ser percorrido. Nos Estados Unidos, por exemplo, um professor do ensino básico público ganha um salário equivalente a R$ 10 mil. Na Coreia, R$ 8 mil. Aqui, esses profissionais ganham em média R$ 2 mil.<br />
<br />
Entretanto, não adianta apenas melhorar os salários. A ascensão por mérito tem de ser uma regra a ser seguida. As boas práticas em sala de aula precisam ser premiadas. O poder público tem de oferecer formação continuada para que os professores formem alunos com visão de mundo e bom conhecimento tecnológico. Outro fator importante é a qualificação de diretores – que devem ser escolhidos por critérios técnicos, e não políticos - para atrair a comunidade ao ambiente escolar.<br />
<br />
A presidente Dilma acerta ao definir a educação como ferramenta prioritária para o desenvolvimento do nosso País. Hoje investimos 6,1% do PIB na educação pública, o equivalente a R$ 240 bilhões – somando recursos da União, estados e municípios. Se a regra do Plano Nacional de Educação estivesse vigorando – investir 10% do PIB –, esse montante atualmente teria de ser de R$ 400 bilhões. Nesta longa caminhada, a solução é transformar inesquecível cada professor.<br />
<br />
<b><span style="color: #660000;">Artur Bruno é deputado federal (PT-CE) primeiro vice-presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados (publicado no Jornal O Povo em 07/05/2013)</span></b><br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9112029601513610928.post-88509934415543328752013-05-07T19:22:00.000-03:002013-05-07T23:26:29.444-03:00Declaração de Havana: Foro de São Paulo ressalta importância da unidade das esquerdas e dos partidos progressistas<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-KLa0x4iALbQ/UYl9lERDVgI/AAAAAAAAAsQ/IekNKCty6Ps/s1600/guimar%C3%A3es.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-KLa0x4iALbQ/UYl9lERDVgI/AAAAAAAAAsQ/IekNKCty6Ps/s1600/guimar%C3%A3es.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 18px;">Na última semana, dirigentes de partidos de esquerda e progressistas da América Latina e Caribe reuniram-se em Havana, para tratar do XIX Encontro do Foro de São Paulo, que será realizado de 31 de julho a 4 de agosto, na capital paulista. A delegação do PT foi chefiada pelo presidente Rui Falcão e teve a participação, entre outros parlamentares e dirigentes petistas, do líder do partido na Câmara, <b>José Guimarães (CE)</b> (foto). </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 18px;">Na declaração de Havana, divulgada no dia 30, o principal recado foi sobre a necessidade de união das esquerdas e dos partidos progressistas para a continuidade do processo de mudanças que vem sendo implementado nos últimos dez anos na América Latina e no Caribe, com um modelo antagônico ao dos neoliberais. " Estamos conscientes de que o caminho para chegar tem sido difícil, cheio de desafios, fracassos, tentativas de desarticulação, mas o interesse pela construção de um mundo melhor tornou possível a realidade política que caracteriza a América Latina e o Caribe nos últimos dez anos", diz um dos trechos do documento. Leia, abaixo, os principais trechos da Declaração de Havana, em tradução não oficial:</span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">DECLARAÇÃO
DE HAVANA <o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">O Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo, reunido em Havana em 29 e 30 de abril de 2013, realizou um debate sobre a crise mundial do capitalismo e sobre a unidade e a integração da América Latina e do Caribe, e, ao final, aprovou a seguinte declaração:</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">1. <b style="line-height: 26px;">Expressar pleno apoio ao povo venezuelano, ao governo de Nicolás Maduro, ao Partido Socialista Unido da Venezuela e ao Grande Pólo Patriótico (GPP).</b></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> <span class="ecxApple-style-span">Nossas mais fraternas congratulações pelo êxito da jornada democrática do dia 14 de abril de 2013, quando, mais uma vez, nas urnas, o voto popular e a democracia foram os instrumentos usados pelo povo para decidir o caminho da República Bolivariana da Venezuela.</span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> <span class="ecxApple-style-span">A ausência física do comandante Hugo Chávez, a brutal ofensiva midiática, a sabotagem econômica e a pressão imperialista foram enfrentadas pelo GPP com a coragem de quem sabe que de seu sucesso depende em grande parte o futuro da América Latina e Caribe.</span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> <span class="ecxApple-style-span">Expressamos o nosso apoio para a continuidade do processo iniciado com a eleição do presidente Hugo Chávez em 1998 , agora, com a vitória do companheiro Nicolás Maduro. Da mesma forma, respaldamos a manutenção do caminho para a defesa das conquistas e o aprofundamento da integração latino-americana e caribenha, de modo que a Venezuela continue a ser a nação irmã que nos deixa cheios de orgulho.</span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> <span class="ecxApple-style-span">2)<b style="line-height: 26px;">Do mesmo modo, expressamos nossa solidariedade ao povo paraguaio e às organizações paraguaias que integram o Foro de São Paulo.</b></span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">É nosso dever expressar que, com as eleições realizadas em 21 de abril, as oligarquias paraguaias buscaram legitimar o golpe de Estado de 22 de junho de 2012 e destruir o processo iniciado com a eleição de Fernando Lugo em 20 de abril de 2008.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Em consequência disso, o Foro de São Paulo empreenderá os melhores esforços para apoiar qualquer iniciativa unitária da esquerda paraguaia, em suas diferentes vertentes.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">3)<b style="line-height: 26px;">Apoio ao Processo de Paz na Colômbia.</b></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Com preocupação, avaliamos a grave situação geopolítica de nossa América, acossada por uma militarização imperial e pela criminalização dos movimentos sociais que impulsionam muitos dos nossos governos, e expressamos nosso apoio a uma imediata solução política para o conflito armado na Colômbia, para que se alcance uma paz com justiça social e com um novo modelo econômico e social que garanta os direitos humanos, a proteção dos recursos naturais, a soberania e a ampliação da democracia.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Os partidos do Foro de São Paulo assumimos o compromisso de apoiar o processo de paz e a acompanhar solidariamente a situação na Colômbia, assim como os movimentos e as lutas sociais desse país, os quais têm o direito de participar do Processo de Paz. Damos também nosso apoio à ação unitária dos partidos e movimentos colombianos neste processo de paz.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> <span class="ecxApple-style-span">Reafirmamos a convocatória do Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo (GT-FSP) para realizar uma nova atividade unitária em junho de 2013, em Bogotá, e nos comprometemos a transformar o tema da negociação para a paz um dos pontos centrais do XIX Encontro do Foro, em julho e agosto deste ano, na cidade de São Paulo.</span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">4) <b style="line-height: 26px;">Nestes momentos decisivos, reafirmamos que a unidade na diversidade é um componente fundamental, estratégico e indispensável para as forças progressistas e de esquerda.</b></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> <span class="ecxApple-style-span">Assistimos, na América Latina e no Caribe, a um momento singular de sua história, com importantes avanços das forças de esquerda e progressistas em vários países do nosso continente. </span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Os recentes resultados eleitorais, especialmente dos companheiros Nicolás Maduro e de Rafael Correa (Equador), evidenciam o progresso dos processos de participação cidadã que chegaram à Nossa América para trabalhar pelo aprofundamento da democracia e para os humildes.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> <span class="ecxApple-style-span">Estamos conscientes de que o caminho para chegar tem sido difícil, cheio de desafios, fracassos, tentativas de desarticulação, mas o interesse pela construção de um mundo melhor tornou possível a realidade política que caracteriza a América Latina e o Caribe nos últimos dez anos.</span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #444444; line-height: 21px; margin-bottom: 1.35em; text-align: start;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Por tudo isso, este contexto exige uma necessária reflexão sobre a indispensável unidade de todas as forças políticas de esquerda e progressistas da América Latina e Caribe, nos âmbitos local, nacional e regional. (...)</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 18px;">(matéria alterada às 23h25 )</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0