sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mídia brasileira e governo Lula: população vê manipulação e distorção do noticiário

Pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República aponta que os jornais impressos são lidos por 46,1% dos brasileiros, enquanto as revistas são consumidas por 34,9% da população. Já a televisão e o rádio são os meios de comunicação mais utilizados pelas pessoas para obter informações. De acordo com o levantamento, 96,6% dos entrevistados assistem TV, enquanto o rádio é utilizado por 80,3%. Os jornais seguem na terceira posição entre os veículos mais procurados, enquanto o uso da internet tem se ampliado e vem se consolidando no País.

Mas um detalhe interessante é que a população também considera que a imprensa não faz um trabalho isento e imparcial. Pelo levantamento, 57,3% dos entrevistados consideram que as notícias veiculadas são tendenciosas e parciais, enquanto 24,3% apontam isenção no material produzido .

A pesquisa encomendada pelo governo mostra ainda que o poder de influência dos meios de comunicação é relevante. Entre os entrevistados, 7,9% afirmaram que "sempre" mudam de ponto de vista de acordo com as informações obtidas, enquanto 62,9% admitiram que isso acontece "às vezes".

Entre os que afirmaram ler jornais, 24,7% o fazem diariamente. Os que leem apenas uma vez por semana somaram 30,4%. "Dos leitores de jornais, 42,3% consideram o domingo o dia mais importante da semana para se ler jornal, enquanto que outros 30,6% apontaram como dia mais importante de leitura a segunda-feira", explicam os coordenadores do trabalho.

A pesquisa "Hábitos de Informação e Formação de Opinião da População Brasileira" foi feita pela empresa Meta, a pedido do Palácio do Planalto, para ajudar na "orientação dos esforços de comunicação do governo". O levantamento ocorreu entre os dias 31 de janeiro e 5 de fevereiro, quando foram ouvidas 12 mil pessoas em 539 cidades no País. A Meta é um instituto de pesquisa criado em 1991 em Porto Alegre (RS) e é dirigida por Flávio Eduardo Silveira. O instituto já fez outros levantamentos para a Secom.

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quinta-feira, 17 de junho de 2010

A "CPI contra a reforma agrária" e os interesses eleitorais

A CPI mista contra a Reforma Agrária realiza na próxima quarta-feira (23/6) uma reunião para votar a aprovação de requerimentos. No total, há 134 requerimentos que aguardam votação na comissão. Os parlamentares ruralistas, que abandoram as últimas sessões da CPI, voltam à carga para tentar aprovar pedidos de quebra de sigilo de uma série de entidades ligadas à reforma agrária. Por que não quebrar também o sigilo das entidades patronais, como a da Confederação Nacional da Agricultura (CNA)?
É o que defende o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), presidente da Frente Parlamentar da Terra. Dr. Rosinha apresentou 28 requerimentos à CPI, como os pedidos de quebra de sigilo bancário do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) nacional e de suas subsidiárias nos estados, além da convocação de seus responsáveis. O parlamentar petista também solicitou a quebra de sigilo da CNA (Confederação Nacional da Agricultura, presidida pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
As audiências realizadas até agora demonstraram que os convênios assinados pelo governo com ewntidades ligaas à reforma agrária são necessários e esclareceram as acusações que provocaram a abertura da CPI. "Essas entidades já foram investigadas na CPI de 2005. Os ruralistas querem requentar fatos neste momento eleitoral para fazer campanha para os seus candidatos. Não tem por que quebrar sigilo dessas entidades", afirma o deputado.
"Agora, se eles querem quebrar sigilo, porque não passamos a limpo e aprovamos todos os requerimentos que pedem a quebra de sigilo? Será que os ruralistas aceitam quebrar o sigilo da CNA e do Senar? Aí tem muito mais do desvio de dinheiro do que se suspeita. Tem muito desvio de dinheiro, que tem que ser investigado. Se é para investigar, vamos investigar pra valer", afirma.

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