quarta-feira, 29 de setembro de 2010

No desespero, oposição apela ao vale-tudo e espalha baixarias na internet

Sem nenhuma preocupação com normas gramaticais, com estilo e, sobretudo, com a verdade, a internet tornou-se um verdadeiro território livre para a difusão de ataques à candidatura Dilma Rousseff. Esses ataques têm-se intensificado à medida que as possibilidades de vitória da candidata do PT tornam-se reais já no primeiro turno. As mentiras têm sido desmentidas por Dilma e, nesta quarta-feira, 29, o tema foi motivo de uma reunião entre ela e líderes católicos e evangélicos. No encontro, a candidata do PT reafirmou compromissos, sua posição contra o aborto e desmentiu a boataria de se espalhou como uma praga. O objetivo da oposição, numa espécie de vale-tudo, é confundir o eleitor.

Na semana passada, entre as muitas notícias que em questão de minutos se espalham pela internet, contagiando mentes desavisadas com inverdades, uma criou especial euforia, principalmente entre cristãos que, infelizmente, deixaram-se levar pelos boatos infundados e engrossaram a lista dos disseminadores de spams.

O spam, um texto mal redigido, que não respeita as regras básicas do jornalismo, dizia: “Após a inauguração de um comitê em Minas, Dilma é entrevistada por um jornalista local...” Um comitê em Minas? Que lugar de Minas? Entrevistada por um jornalista local? Que local? O mais incrível é que o texto segue colocando entre aspas uma declaração em que Dilma supostamente afirmaria: “Nem mesmo Cristo querendo, me tira essa vitória.” A ideia parece ter sido criar entre os cristãos um repúdio à candidata. Boa parte de fato caiu na armadilha e, de forma irresponsável, espalhou a notícia, sem o cuidado de verificar sua veracidade.

Nota divulgada pela assessoria de comunicação de Dilma afirma que a candidata “nunca reconheceu uma vitória antecipadamente. Ao contrário, ela tem dito que pesquisa não ganha eleição, que eleição se ganha na urna”. A assessoria afirma ainda: “É inadmissível que queiram vencer as eleições com base em calúnias e difamações.”

Segundo o coordenador de comunicação da campanha de Dilma e candidato a Deputado Estadual por São Paulo, Rui Falcão, “ela nunca deu esta declaração. É uma calúnia. Dilma respeita todas as religiões e jamais usaria o nome de Cristo em vão. Ainda mais com esse tom de arrogância, que não é do temperamento dela, muito menos de soberba com os eleitores”.

O texto do e-mail que espalhou a informação falsa não menciona nome de veículo nem o tipo de mídia para o qual Dilma teria dado tal declaração, tampouco há algum vídeo ou gravação que comprovem que ela teria dito isso.

O próprio presidente Lula alertou para as baixarias contra Dilma, num vídeo que pode ser visto aqui:

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Juristas rebatem democratas de ocasião e saem em defesa do Governo Lula

Contra os ataques de "democratas" de ocasião, um manifesto em defesa do Governo Lula. Um grupo de renomados juristas divulgou no dia 27/9 um manifesto intitulado "Carta ao Povo Brasileiro" em que reafirmam o compromisso do Governo do PT e aliados com a preservação e a consolidação da democracia no País. O documento rebate a tese do "autoritarismo e de ameaça à democracia" que setores da grande imprensa e a oposição vêm tentando imputar a Lula e ao seu governo, após o presidente ter feito críticas ao comportamento da mídia em relação à candidatura de Dilma Rousseff. A iniciativa é uma resposta ao manifesto lançado por um outro grupo de juristas de direita, ligados ao PSDB e ao DEM, que lançaram texto a pedido dos empresários da mídia atacando o presidente Lula.

"Nos últimos anos, com vigor, a liberdade de manifestação de idéias fluiu no País. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude. Não se pode cunhar de autoritário um governo por fazer criticas a setores da imprensa ou a seus adversários, já que a própria crítica é direito de qualquer cidadão, inclusive do Presidente da República", diz um trecho do documento, assinado por dezenas de personalidades do mundo jurídico, incluindo vários presidentes estaduais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Clique aqui para ler a íntegra do documento.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O farisaísmo dos supostos democratas de hoje que se calaram no governo FHC

Numa espécie de reedição da Marcha Com Deus pela Família, que ajudou na deflagração do golpe militar de 1964, grupos de supostos democratas agora voltam a falar que a democracia no Brasil está ameaçada. O motivo real é o medo do povo, do voto popular que deve confirmar Dilma Rousseff como vencedora já no primeiro turno das eleições presidenciais. A sensibilidade desses grupos está aguçada, ainda mais diante da possibilidade de o PT e aliados conformarem uma sólida maioria parlamentar no Congresso Nacional, o que, na visão distorcida da atual oposição, seria uma verdadeira "ameaça à democracia.

O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), ironiza o comportamento desses "democratas", que têm ampla cobertura da grande mídia comercial, numa tabelinha que tenta vender a imagem de que o Brasil estaria à beira de um controle total da imprensa. O líder do PT lembra, em artigo, que , "inspirados por um neoudenismo opaco e alimentados por um mal disfarçado ressentimento político", esses autodenominados "democratas convictos" não se pronunciaram sobre o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), quando prevaleceram o pensamento único sob a hegemonia do neoliberalismo e o controle total do Congresso. Com o Congresso sob controle, FHC aprovou medidas de conteúdo antinacional - como as privatizações - e o seu segundo mandato. "Os que hoje se dizem "democratas convictos" não levantaram suas vozes contra a denúncia de compra de votos para aprovar a medida que beneficiou o sociólogo tucano e sua turma".

" Turbinado pelo Plano Real, que produziu efeitos distribuidores de renda no curto prazo e promoveu o chamado "populismo cambial", o governo FHC conseguiu formar uma maioria parlamentar e política que faria corar o democrata mais convicto. Na Câmara dos Deputados, o que os atuais "defensores da democracia" chamam de "partido único" (o PT) tinha apenas 49 parlamentares e a oposição como um todo reunia pouco mais que uma centena de deputados. Assim, o governo FHC tinha à disposição uma maioria acachapante de quase 400 parlamentares. No Senado, a situação era pior (ou melhor, para os "democratas convictos"), o PT tinha cinco senadores e a oposição como um todo menos do que 20, assinala Ferro.

Ferro observa que é curiosa a queixa da imprensa de hoje, que viveu, com honrosas exceções, sob o manto monolítico do pensamento único neoliberal defendido pelo PDSB e PFL (atual DEM) e agora vem dizer que é ameaçada pelo governo do PT. O PIG virou um verdadeiro PRI: não quer mudanças e julga ter todo o poder para não dar satisfações a ninguém
Leia o artigo na integra clicando aqui.