
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Venezuela no Mercosul e a afirmação dos objetivos nacionais

A escolaridade continua a aumentar no Brasil

A figura acima mostra a evolução da escolaridade dos jovens brasileiros (22 anos de idade) nos últimos 10 anos. Analisar o perfil educacional dos mais jovens é importante porque as mudanças na margem antecipam o que acontecerá com os trabalhadores do país todo no futuro, quando esses jovens forem incorporados ao mercado de trabalho, se o ritmo da evolução educacional permanecer o mesmo. Os dados mostram que a porcentagem de jovens que, aos 22 anos de idade, tinha concluído apenas alguma série do ensino fundamental era de 60% em 1998 e declinou para 30% em 2008, ou seja, reduziu-se pela metade em apenas 10 anos. Além disso, a parcela de jovens que atinge o ensino médio passou de 30% para 50% nesse mesmo período. O mais importante é que, depois de praticamente duas décadas de estagnação, a parcela de jovens que chega ao ensino superior está perto de 20%, ou seja, dobrou nos últimos 10anos.
O texto acima faz parte de um artigo publicado hoje no jornal Valor Econômico,de Naércio Menezes Filho, professor titular e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa e da FEA/USP.
Leia aqui a íntegra do artigo.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Lula: "Esqueçam a pauta do editor e façam a pauta de suas vidas”
"E aí, vocês vão compreender porque que a figura do chamado formador de opinião pública, que antes decidia as coisas neste País, já não decide mais, porque esse povo já não quer mais intermediário. Esse povo tem pensamento próprio, esse povo anda com suas próprias pernas, trabalha pelos seus braços, enxerga pelos seus olhos e falam pela sua boca".
Dilma vai formular novo PAC com governadores e prefeitos

“Nós estamos cumprindo a primeira etapa do primeiro PAC, que fizemos em 2007. Agora, em 2011, vamos apresentar um novo PAC até 2015. Cada governador e cada prefeito será convidado a Brasília para se sentar com a ministra Dilma e preparar as prioridades das capitais, das cidades médias, das cidades pequenas e também as prioridades dos estados”.
Durante entrevista posterior ao discurso, o presidente argumentou que é necessário preparar o futuro PAC em 2010 para que o orçamento do ano seguinte já destine recursos às novas obras.
“Nós precisamos colocar dinheiro no PAC, para que quem comece a governar, comece com as obras prioritárias bastante definidas, com dinheiro colocado no orçamento, para a máquina não parar.”
Lula disse que sonha com o dia em que, em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Salvador, as favelas passarão a ser chamadas de bairros, como conseqüência das transformações provocada nessas áreas por obras e serviços públicos.
Questionado sobre a falta de produtos usados na construção de rodovias, que estaria atrasando a execução de obras na Região Nordeste, o presidente respondeu que esse é um bom problema e resulta do forte crescimento do país depois de 25 anos sem investimentos do governo federal.
“O Brasil não estava habituado com um programa para fazer um milhão de casas, não estava habituado a fazer saneamento básico. No ano de 2002, todo o dinheiro gasto com saneamento básico significou R$ 262 milhões, no Brasil inteiro. Nós temos mais de R$ 400 milhões só em uma favela do Rio de Janeiro. Ou seja, então nós multiplicamos por 50, por 100. Agora essa demanda forte que está acontecendo vai exigir que o Brasil dê um salto de qualidade na produção das coisas necessárias para construir as estradas, as ferrovias, os viadutos, as casas e as ruas que precisamos construir.”
Confira aqui a entrevista do presidente sobre o assunto.
Capacidade de produção da indústria tem 8º alta seguida
Em apenas três meses, de julho a outubro, o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci)das 1.065 indústrias consultadas aumentou 3,1 pontos porcentuais. “É uma aceleração muito forte”, afirma o coordenador da pesquisa, Aloisio Campelo. Ele lembra que entre fevereiro e junho, em cinco meses, o acréscimo havia sido de apenas 2,2 pontos porcentuais. Com a rápida evolução da ocupação, a perspectiva é que o investimento na indústria volte antes do previsto. “O investimento volta nesta virada do ano”, prevê o economista.
Apesar da arrancada, o indicador de uso da capacidade de outubro de 82,9% está abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado (85,3%). “Não existe uma explosão do Nuci, ainda há ociosidade”, pondera.
Dos cinco segmentos pesquisados, três estão hoje com o uso da capacidade acima da média de dez anos: bens de consumo duráveis, bens de consumo não duráveis e material de construção. As vendas desses segmentos dependem essencialmente do crédito, da renda e da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), fatores que jogam a favor do mercado.
Já o Nuci dos fabricantes de bens de capital e da indústria de bens intermediários ainda está abaixo da média, aponta a FGV. Campelo argumenta que os bens intermediários são muito voltados para a exportação, que recupera o fôlego, porém lentamente. No caso dos bens de capital, que são as máquinas e os equipamentos, eles dependem da volta do investimento.
De toda forma, o índice de confiança da indústria de bens de capital foi o que teve a maior taxa de crescimento neste mês entre todos os segmentos pesquisados. O ICI dos bens de capital aumentou 13,8% de setembro para outubro. Na análise do economista, esse resultado é um indicador antecedente de que a volta do investimento e a aceleração na produção e venda de máquinas deve ocorrer em breve.
Outro dado relevante, que reforça a perspectiva de forte recuperação, é que a produção para três meses atingiu neste mês o maior nível da série histórica iniciada em 1980. Quase a metade das empresas (49,8%) prevê produção maior até dezembro.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Paulo Teixeira quer urgência na mudança da legislação sobre drogas

Ele lembrou que o México também alterou recentemente a sua legislação. O que leva os usuários a serem tratados definitivamente fora da esfera criminal. Paulo Teixeira observou que a violência e sua associação com o comércio ilegal das drogas são duas questões intimamente vinculadas e que tanto preocupam a sociedade brasileira. Ele citou como exemplo a recente onda de violência no Rio de Janeiro. Já foram mortas mais de 40 pessoas somente nos últimos dez dias, entre elas crianças, mulheres, jovens, vitimadas apenas por estarem perto dos fatos, sem qualquer envolvimento com o crime.
Leia aqui a íntegra do discurso.
CPI não interromperá ações do governo para a agricultura brasileira
O ministro Padilha vê com naturalidade o fato de o debate atual levantar questões como o Índice de Produtividade da Terra, mas afirmou ser importante que a CPI não perca o foco de investigação para o qual foi criada: verificar convênios entre o governo federal e as entidades representativas do campo. É importante também, afirmou Padilha, que a CPI não atrapalhe o bom momento da agricultura familiar e do agronegócio no Brasil.
Assista abaixo a entrevista do ministro.
"Baronato da mídia quer jornalismo de baixa qualidade "

O parlamentar - que é jornalista e professor de Comunicação - destacou que, com o fim da Lei de Imprensa, o Brasil torna-se uma espécie rara no mundo: o único país-membro da ONU a não contar com uma lei de imprensa. “A mídia brasileira, reconhecidamente poderosa, dada a muitas estripulias, caminha ao deus-dará, sem os limites impostos por algum marco regulatório. A verdade é que a cidadania ficou indefesa diante da mídia”, afirmou.
Emiliano disse que, com o fim da obrigatoriedade do diploma, foram agredidos mais de 80 mil profissionais e afrontada a sociedade brasileira, que passa a estar sujeita a uma comunicação jornalística precária, de baixa qualidade. “O argumento de que a exigência do diploma para o exercício da profissão fere a liberdade de expressão não resiste à mínima análise. Desde sempre, pessoas não-diplomadas tiveram o direito de escrever, de falar, fazer tudo na mídia. Menos, claro, envolver-se com o fazer cotidiano do jornalismo, por obviedade. Talvez os doutos e diplomados juízes não tenham tido o tempo necessário para o estudo da área do Jornalismo. Menos ainda para entender a sua complexidade”.
Leia aqui a íntegra do discurso.
Indústria naval prevê investimentos de US$ 55 bilhões

Quem não se lembra, na campanha de 2002, quando o presidente Lula criticava a política de FHC/Serra de encomendar plataformas e navios da Petrobras no exterior? A indústria Naval estava praticamente dizimada, fechando empregos para engenheiros, técnicos e metalúrgicos.
De 2003 para cá, a coisa mudou. A Petrobras passou a encomendar no Brasil. A ministra Dilma Rousseff foi fundamental para a retomada da Indústria Naval.Foi com o trabalho dela, quando elaborou o PROMEF (Programa de Modernização e Expansão da Frota), da Transpetro (subsidiária da Petrobras), que viabilizou a construção de 49 navios por metalúrgicos, técnicos e engenheiros brasileiros.
Na opinião do gerente do Departamento de Transportes e Logística do BNDES, Antonio Carlos de Andrade Tovar, a demanda atual é suficiente para justificar a construção de novos estaleiros no Brasil. Segundo Tovar, ao volume citado podem ser acrescidos outros US$ 15 bilhões projetados por petroleiras privadas que atuam no País – principalmente a OGX, do grupo empresarial de Eike Batista.
Outro investimento, que deve ser aprovado no ano que vem, são os US$ 4 bilhões de encomendas da Transpetro, subsidiária da Petrobrás, na segunda fase do seu plano de renovação de frota. As petroleiras Shell, Statoil e Exxon devem ser as próximas a anunciar encomendas, disse o executivo.
“Diante desse volume de investimentos, há uma demanda gigantesca por novos estaleiros, novas empresas fabricantes, enfim, novos investimentos na cadeia para atender a essas encomendas”, afirmou Tovar, em conferência sobre o setor naval, no Rio. Ele ressaltou que os 13 maiores estaleiros do País ocupam hoje área total de 3,5 milhões de metros quadrados, menor do que uma única unidade de gigantes mundiais como o Daewoo ou o Hyundai, respectivamente com 4,2 milhões de metros quadrados e 6 milhões de metros quadrados de área.
“O Hyundai é um estaleiro capaz de cortar 2 milhões de toneladas por ano, fabricar 70 navios por ano, o que perfaz a média de um navio pronto a cada quatro dias. Perto disso, o volume brasileiro, com capacidade total de 500 mil toneladas de chapas de aço por ano, fica risível”, disse o gerente do BNDES.
De fato, a percepção da demanda crescente já movimenta os investidores locais. O consórcio Estaleiro Atlântico Sul (EAS), formado por Camargo Correa e Queiroz Galvão, já analisa áreas para a instalação de um segundo canteiro no Brasil – o primeiro está em Pernambuco. “Já estudamos 17 áreas e estamos avaliando a possibilidade”, disse o diretor da companhia Fernando Tourinho, em entrevista após evento do setor naval, ontem no Rio.
Segundo fontes, a Bahia larga na frente na disputa pelo empreendimento, que terá como objetivo construir navios de grande porte e plataformas de exploração e produção de petróleo. Se confirmado, o investimento vem somar-se a vários outros projetos, todos orçados entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, anunciados por OSX (também do grupo de Eike Batista, em Santa Catarina), Odebrecht (na Bahia), Jurong (no Espírito Santo) e outros dois ainda em negociação, no Ceará e em São Paulo.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio, Julio Bueno, os novos projetos podem ajudar a garantir competitividade da indústria nacional de navipeças, até mesmo em âmbito internacional.
Para Bueno, a concentração de um setor em um só Estado – como a indústria naval, que está praticamente 80% no Rio – é prejudicial ao País. “Temos de ter um olho no mercado interno, mas também precisamos nos voltar à descentralização.”
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Dr. Rosinha: "Uma CPI do ódio de classe"

Vaccarezza defende política do Governo Lula para contratação de servidores públicos

O presidente Lula já criou 12 novas universidades e aumentou de 113 mil para 227 mil o número de vagas para alunos nas instituições públicas. Semana passada, o Ministério da Educação anunciou a abertura de 50 mil vagas para cursos de qualificação ou realização de um segundo curso pelos professores. Sem falar no Pró-Uni, a bolsa de estudos para alunos carentes em cursos superiores de faculdades particulares, que beneficia cerca de 400 mil estudantes. A prioridade dada à educação proporcionou a abertura de 214 escolas técnicas federais.