terça-feira, 25 de setembro de 2012

Jilmar Tatto: "Crescimento da indústria naval como estratégia de desenvolvimento."




Uma das grandes preocupações do governo Lula foi a retomada da indústria naval brasileira, sucateada no governo do PSDB. Para isso, a partir de 2003, teve início a implementação de uma política de conteúdo local no setor de petróleo e gás natural com o objetivo de aumentar a participação da indústria nacional no fornecimento de bens e serviços, com um viés competitivo e de sustentabilidade, de modo a transformar os investimentos realizados em emprego e renda para o Brasil.

O governo federal traçou um planejamento de longo prazo de revitalização e incremento do setor. Começou, em 2003, com o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia. As metas, estipuladas em parceria com as empresas da área, tinham como objetivo maximizar a participação da indústria brasileira na área.

Desde então, a participação da indústria nacional nos investimentos do setor aumentou de 57% em 2003 para 75% no primeiro semestre de 2009, um expressivo valor adicional de US$ 14,2 bilhões em bens e serviços contratados no mercado nacional, com a geração de 640 mil postos de trabalho no período.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), em 2000 a indústria naval e offshore gerava 1,9 mil empregos diretos.

Depois de Lula, o número chegou à marca de 56 mil empregos diretos em 2010. Com o pré-sal, a estimativa é que em 2016 o número chegue a 100 mil.

Destaque-se também a criação, em 2004, pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), depois encampado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que tem como premissa a construção de navios no Brasil com índice de nacionalização de no mínimo 65%.

Com investimentos de R$ 10,8 bilhões do seu início até 2016, foram encomendadas 49 embarcações a estaleiros nacionais. Nos últimos anos, três estaleiros foram criados no país devido às demandas do Promef.

Este ano, a Petrobras anunciou um aporte de investimentos de US$ 180 bilhões, até 2020, para a construção de 105 plataformas de produção e sondas de perfuração, 542 barcos de apoio e 139 petroleiros.

Com o governo PT e aliados, hoje, temos uma indústria de construção naval em franca expansão. No mundo, é o mercado que mais se desenvolveu nos últimos anos, da construção de navios à produção de sondas e plataformas para exploração marítima de petróleo na camada do pré-sal. O Brasil possui a quarta maior frota do mundo e é o terceiro mercado em produção na área.

O programa tem sequência com a presidente Dilma Rousseff, que há pouco dias visitou os estaleiros da Petrobras no Rio Grande do Sul, construídos no governo Lula.

A construção das plataformas P-58 e P-55 nos estaleiros Quip e Rio Grande demonstra o comprometimento da presidente com a revitalização da indústria naval brasileira, que nos governos de FHC exportava empregos e oportunidades para o resto do mundo. Hoje, multiplicamos aqui oportunidades em diversas regiões do Brasil, em beneficio de toda a sociedade brasileira.

JILMAR TATTO
Deputado federal (PT-SP)
e líder do partido na Câmara
(artigo publicado no jornal Brasil Econômico, edição de ter;a-feira, 25 de setembro de 2012)

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