segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A oposição brasileira tem saudades do governo Bush

A política externa unilateralista e confrontacionista de Bush deixou seguidores fiéis no Brasil. Com efeito, a julgar pelas críticas ao papel moderador que o Brasil tenta desempenhar no Oriente Médio, o belicismo dos republicanos da América do Norte fez escola em nosso País. Esse é o ponto principal de análise do deputado Nilson Mourão (PT-AC) sobre a reação irracional da oposição do PSDB e do DEM (ex-PFL), além de setores da imprensa, à tentativa do Brasil de ter um papel moderador na crise do Oriente Médio. "O Brasil deu o seu recado firme e ponderado, com apoio da comunidade internacional, inclusive dos EUA. O mundo entendeu, menos os saudosistas da era do Brasil apequenado e os seguidores do belicismo unilateralista", diz Mourão.

Ele lembra que Bush recusava-se a dialogar com governos vistos como hostis e desprezava inteiramente os mecanismos multilaterais de conciliação e moderação. Preferiu sempre a pressão e a guerra. " Deu no que deu. Isolou seu país, perdeu aliados importantes e comprometeu tropas nos pântanos políticos do Iraque e do Afeganistão, até agora sem resultados significativos. Isso sem mencionar o enorme custo humano e econômico dessas empreitadas bélicas. Diálogo e alianças - Barack Obama prefere o diálogo e a construção de alianças, sem desprezar as instituições multilaterais. O Brasil de Lula, também".
Foi por causa dessa capacidade de diálogo que em menos de um mês vieram ao nosso País Shimon Peres, de Israel, Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina, e Ahmadinejad, do Irã. "É que o nosso País é visto, hoje, como uma potência em ascensão que pode e deve ter papel relevante em todas as questões mundiais. O conflito no Oriente Médio é uma delas, pois não afeta somente aquele região, mas toda a geopolítica do planeta".
Entretanto, os seguidores locais de Bush não estão gostando dessa história. " Eles acham que o Brasil é um país pequeno, que deve voltar a praticar a política externa medíocre e subserviente do passado. Também não gostaram nada da visita de Ahmadinejad, como se fosse possível distender o ambiente no Oriente Médio sem a concorrência do Irã, país com grande peso econômico e político naquela região".
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